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Mulheres ainda investem pouco: 72% delas estão fora do mercado financeiro, aponta Anbima

Caderneta de poupança é a aplicação preferida do público feminino, segundo a pesquisa

As mulheres que não investem no mercado financeiro representam 72% da população feminina do país. Entre as que são investidoras, 83% preferem aplicações com perfil conservador, a exemplo da poupança. É o que revela a  5ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o instituto Datafolha.

O levantamento ouviu 5,8 mil pessoas das classes A, B, C e D/E, de 16 anos ou mais, de todas as regiões do país, entre 9 e 30 de novembro de 2021. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

A pesquisa revela que é maior a participação masculina no mundo dos investimentos. Do total de entrevistados, apenas 28% das mulheres investem no mercado financeiro. Já entre os homens a parcela é de 34%.

Para 55% das mulheres, a falta de dinheiro é um dos principais entraves para a realização de investimentos. O argumentos é apontado também por 51% dos homens. Em seguida, vem o desemprego, com 10% das respostas dadas pelas mulheres. Apenas 6% do público masculino cita este mostivo.

Segundo a pesquisa, 64% das brasileiras não guardam dinheiro, abaixo da fatia de 58% dos homens.

“A falta de dinheiro para investir, apontado por um número relativamente maior de mulheres do que de homens, reflete também o impacto causado por aspectos socioeconômicos importantes: em média as mulheres recebem salários menores e dedicam mais tempo à família”, afirma Marcelo Billi, superintendente de Comunicação, Certificação e Educação de Investidores da Anbima em nota.

Poupança é a aplicação preferida entre mulheres

Entre as mulheres investidoras, a preferência é por aplicações mais conservadoras e com maior liquidez:  83% delas escolhem a poupança na hora de investir, contra 68% dos homens. Em seguida, vêm os títulos privados, como debêntures e Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), citados por 7% do público feminino, percentual que para os homens é de 9%.

Já as opções de maior risco como fundos de investimento, moedas digitais e ações  foram citados por apenas 6%, 4% e 3% das investidoras, respectivamente, contra 12%, 11% e 11% dos homens, també na mesma ordem.

Entre as investidoras, a classe C responde por quase metade (47%), seguidas da classes A e B com 38% e, por último, da classe D/E, com 15%. Já para os homens, a classe C representa 43% dos entrevistados; as classes A e B, 45% e D/E, 13%.

O principal objetivo das mulheres ao investir é realizar o sonho da casa própria (28%), bem próximo do que desejam os homens (30%).

Outro fator é o acúmulo de uma reserva de emergência, citado por 20% das mulheres ouvidas pelo levantamento, o mesmo percentual para os homens.

Algumas prioridades mudam quando se comparam as entrevistadas com os entrevistados. Para elas, viajar pelo mundo e conhecer novas culturas (9%) e promover a educação para si, para filhos e netos (8%) são mais importantes do que investir em negócio próprio (7%) e guardar recursos para aposentadoria (6%). Enquanto para os homens a aposentadoria (9%) e o empreendimento (9%) passam na frente de viagens (6%) e estudos (6%).

Sobre investir em 2022, 43% delas estão dispostas a fazer algum investimento, contra 51% dos homens.

Como você investe em si mesma? Confira os relatos de colaboradoras do TradeMap, da B3 e de personalidades do mercado financeiro e se inspire!

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