O Morgan Stanley prevê a entrada das ações da Eneva (ENEV3) e Assaí (ASAI3) no próximo rebalanceamento do índice MSCI Barra, um dos principais benchmarks usados pelos fundos passivos para a alocação no mercado de ações do Brasil.
O rebalanceamento do índice está previsto para o primeiro dia 1º de setembro, mas a primeira prévia do índice sai em 11 de agosto.
Na prática, quando uma empresa entra para o índice é esperado um aumento de liquidez do papel, já que os fundos de ações passivos, isto é, cujas carteiras replicam índices de ações, são obrigados a comprar esses papéis.
Em 3 de agosto, o índice MSCI Brasil era composto por 48 papéis, que representavam cerca de 63% do índice MSCI América Latina e 5% do MSCI de Mercados Emergentes.
Atualmente, os fundos indexados possuem US$ 5,9 bilhões em ativos sob gestão, que seguem o MSCI América Latina, e US$ 5 bilhões dedicados ao MSCI Brasil.
Pela estimativa do Morgan Stanley, a Eneva teria um peso de 0,53% no MSCI América Latina e 0,84% no MSCI Brasil, o que poderia gerar um fluxo de investimento no papel de US$ 80 milhões.
No caso do Assaí, por sua vez, o papel poderia representar 0,44% do MSCI América Latina e 0,70% do MSCI Brasil, o que resultaria em um fluxo positivo para a ação de US$ 67 milhões.
O rebalanceamento da carteira ocorre quatro vezes ao ano: em fevereiro, maio, agosto e novembro.
Para entrar no índice MSCI Brasil, a empresa tem que cumprir alguns requisitos de capitalização de mercado mínima, de US$ 2,7 bilhões, e free float (ações em circulação) mínimo, de US$ 1,3 bilhão, ambos os valores considerados pelo Morgan Stanley.
Os quatro principais setores do índice são: financeiro (25%), Materiais Básicos (21), Energia (20%) e Consumo Discricionário (9%).