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Montadoras seguem em recuperação e maio começou com boas vendas, diz Anfavea

Anfavea divulga queda nas vendas e na produção em abril em relação a um ano antes, mas vê sinais de recuperação do setor

Foto: Shutterstock

As vendas e a produção das montadoras no Brasil continuam bem abaixo dos níveis observados no ano passado, mas há sinais de que o setor está se recuperando, apesar das dificuldades impostas pela falta de insumos e por restrições logísticas na China, de acordo com dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Em abril, a produção total de veículos no Brasil somou 185.449 unidades, o que representa queda de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Considerando apenas veículos leves, o volume produzido foi de 174.340 unidades, redução de 0,9% na mesma base de comparação.

O licenciamento de veículos também continua bem abaixo dos níveis observados no ano passado – em abril, somou 147.242 unidades, ou 15,9% a menos que no mesmo mês de 2021. Considerando apenas os veículos leves, a queda foi de 13,9%, para 109.707 unidades.

Ainda assim, segundo a Anfavea, o mês passado foi o melhor do ano em termos de vendas e produção, a despeito dos feriados de Páscoa e Tiradentes, que fizeram abril ter dois dias úteis a menos que março. Isso, segundo a associação, confirma a expectativa de reação do setor automotivo no segundo trimestre de 2022.

Os números mais animadores para a indústria são os de exportações, que subiram 17,9% de janeiro a abril em relação a igual período do ano passado e registraram o melhor resultado para este quadrimestre desde 2018.

Perspectiva positiva

Segundo Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, a recuperação poderia ter sido ainda mais intensa em abril ante março se a oferta de semicondutores tivesse sido normalizada. No momento, a escassez deste material está prejudicando a produção de veículos em todo o mundo.

Ele acrescentou que em abril a indústria não chegou a sentir os efeitos decorrentes do congestionamento nos portos da China, e que este fator ainda pode ser um risco para a retomada das atividades nos próximos meses. 

“Ainda não dá pra sentir. Nós estamos monitorando dia a dia a situação das importações e da disponibilidade dos semicondutores. Pode ter tido um impacto para uma fábrica ou outra, mas de forma geral o que tem acontecido é um monitoramento. É mais uma complexidade, mas até agora o pelo que se vê consegue-se produzir com o mesmo nível que a gente já vinha produzindo.” explica Leite.

Ele ressaltou que, apesar da inflação elevada e das consecutivas altas nos juros – que encarecem os financiamentos de veículos -, a Anfavea vê demanda reprimida de clientes particulares e sobretudo de locadoras.

“Os bons números de venda deste início de maio são indicadores dessa tendência. Esperamos que a situação da oferta comece a melhorar em meados do ano”, acrescentou.

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