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Mercado de criptos vê desafio com regulamentação e pirataria – “e não com bancos”

Segundo gestores, as instituições financeiras são aliadas em disseminar a cultura dos ativos digitais

Foto: Shutterstock/eamesBot

A recente entrada de bancos e fintechs na seara dos criptoativos é vista de forma positiva pelas exchanges, as corretoras nativas do setor.

Segundo gestores, os novos participantes são aliados em disseminar a cultura dos ativos digitais e de quebra ainda “emprestam” a sua imagem para dar uma sensação de maior segurança entre os investidores.

Pirataria e regulamentação

Se antes os grandes bancos eram vistos como a principal ameaça para o avanço da inovação dos criptoativos, o atual momento exige esforços para combates em outras frentes.

Nesse contexto, Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, destacou que a grande preocupação do mercado é a “pirataria cripto”, termo dado para a atuação de empresas à margem das regras estabelecidas.

“Hoje, é maior o desafio com a arbitragem regulatória e a pirataria digital do que lidar com grandes bancos”, disse, durante o primeiro painel do Criptorama, evento organizado pela ABCritpo (Associação Brasileira de Criptoeconomia), realizado nesta terça-feira (8) e quarta-feira (9).

“Os bancos e os novos players vão trazer gente que nós não tínhamos acesso.”

Apesar do crescente avanço de nomes tradicionais do mercado, os gestores ressaltaram que a falta de regulamentação ainda é um forte entrave para que mais players entrem no jogo.

Para João Canhada, CEO da Foxbit, a partir do momento em que a questão legal for resolvida, mais membros devem entrar no mundo dos criptoativos. “Os bancos vão entrar de alguma maneira. Há o interesse, mas eles estão retidos por algum medo regulatório, e com certeza isso vai ser desenrolado muito em breve”, afirmou.

Ganho de credibilidade

Na avaliação de Renata Mancini, CCO da Novadex e presidente da ABCripto, a entrada de nomes como Nubank, BTG Pactual e Itaú no mercado é mais um sinal de que o atual momento de baixa do mercado, também conhecido como o inverno cripto, é passageiro.

“Os bancos não estão entrando como concorrentes, mas sim como parceiros”.

Em uma opinião semelhante, Edisio Pereira Neto, CEO do banco digital Zro.Bank, ressalta que a entrada dos “bancões” já está em andamento. Para o executivo, esse movimento é visto como positivo por trazer mais seriedade para o segmento, que ainda é visto com desconfiança por parte do mercado.

“Como o Bitcoin teve muitos problemas, grandes marcas, bancos e empresas atuando nesse mercado traz essa credibilidade”, pontuou.

Inverno cripto, perto do fim?

Os gestores foram unânimes ao afirmarem que o atual quadro negativo do segmento de criptos está com os dias contatos e que o mercado deve passar por novos recordes de preço com o fim do inverno cripto.

O prazo, porém, diverge opiniões, mas todos concordaram que deve ocorrer entre os próximos 12 a 16 meses.

Lançamentos

Se o clima negativo dificulta a captação dos investidores, as exchanges aproveitam o momento para estudar novos produtos e preparar lançamentos.

Canhada, da Foxbit, ressaltou a recente investida da exchange no mercado internacional, enquanto Thales Freitas, CEO da Bitso, destacou a experimentação de novas opções usando stablecoins.

Também atento aos movimentos internacionais, Henrique Teixeira, CEO da Bitso, pontuou oportunidades nos mercados americano e europeu. “Quando se olha para outros casos de uso dos criptoativos, como pagamentos e remessas, foi um ano fantástico”, afirmou.

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