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Mercado aprova novo CFO e recompra de ações da Lojas Renner (LREN3), que sobe 2%

Recompra mostra compromisso da empresa em gerar valor aos acionistas, segundo analistas

Foto: Divulgação

A noite de quinta-feira, dia 20, foi movimentada para Lojas Renner (LREN3): ao mesmo tempo em que a companhia anunciou a nomeação de Daniel Martins como novo CFO, informou que seu conselho de administração aprovou um programa de recompra de até 18 milhões de ações.

Ambas as notícias foram bem recebidas pelo mercado na manhã desta sexta-feira, dia 21. Por volta das 13h, as ações da empresa subiam 2,26%, cotadas a R$ 26,73.

A contratação de Daniel Martins, que tem vasta experiência no setor de bens de consumo, vem depois do anúncio de partida de Alvaro Fontes no fim do ano passado.

O programa de recompra, por sua vez, será de até 18 milhões de ações, o equivalente a 1,82% dos papéis em circulação. Considerando o valor da ação no fechamento de quinta-feira, dia 21, o programa poderia alcançar cerca de R$ 500 milhões.

Segundo a Lojas Renner, o programa de recompra é uma maneira adicional de distribuir a geração de caixa aos acionistas e “promover a criação de valor” para os investidores, além de complementar a quantidade de ações necessárias à continuidade da remuneração baseada em opções de compra de ações da companhia.

O anúncio do programa, na análise do Goldman Sachs, em relatório distribuído nesta sexta-feira, foi de certa forma inesperado, considerando os planos anunciados pela empresa recentemente.

No segundo semestre do ano passado, a companhia levantou R$ 4 bilhões por meio de uma oferta subsequente de ações (follow-on). Na ocasião, a empresa indicou que poderia usar o dinheiro para fazer aquisições. Porém, com o passar do tempo, a administração da empresa passou a afirmar a necessidade de avaliar se aquisições eram de fato o melhor caminho, ou se projetos de crescimento orgânico deveriam ser priorizados.

O programa de recompra, na visão do Goldman, é positivo. Seu prazo de 18 meses e seu tamanho permitem que a companhia mantenha flexibilidade para aproveitar eventuais oportunidades de fusões e aquisições, mas, na visão do banco, são sinais de que o crescimento orgânico permanece prioridade e de que a empresa irá manter responsabilidade na alocação de capital.

Além disso, o Goldman ressalta que a decisão do conselho de optar pela recompra evidencia que a companhia está priorizando o retorno de valor aos acionistas.

A Genial Investimentos também vê os anúncios da varejista com bons olhos. “Além da companhia ter demonstrado preocupação em gerar valor aos acionistas, agora possui dentro do seu time de executivos um veterano em finanças que pode dar saudabilidade aos novos projetos”, disseram analistas em comentários ao mercado nesta sexta-feira.

O Goldman mantém sua recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 37 em 12 meses, o que significa uma alta de 41,5% em relação ao preço de fechamento de quinta-feira.

O otimismo parece ser generalizado: segundo dados compilados pelo Refinitiv e disponibilizados na plataforma TradeMap, de 14 casas de análise consultadas, 12 recomendam compra para a ação, enquanto apenas uma recomenda venda e a restante tem classificação neutra. A mediana do preço-alvo das instituições é de R$ 41, alta de 56,8% em relação aos níveis atuais.

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