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Margens da Localiza (RENT3) com seminovos devem cair, mas expansão da frota pode acelerar, diz BTG

Banco mantém recomendação de compra para os papéis da locadora de veículos e preço-alvo de R$ 75

Foto: Divulgação

As margens da divisão de seminovos das locadoras de veículos, infladas nos últimos trimestres por uma escassez na produção de automóveis, devem reduzir gradualmente nos próximos anos, com a normalização do mercado. Essa normalização, por outro lado, pode permitir a aceleração da expansão de frotas.

Estas são algumas das tendências da indústria observadas por Lucas Marquiori, Fernanda Recchia, Aline Gil e Marcel Zambello, analistas do BTG Pactual, após reunião com a equipe de relações com investidores da Localiza (RENT3).

De acordo com os analistas, a expectativa da empresa em relação ao fornecimento de veículos é que o segundo semestre permaneça volátil, ainda refletindo a escassez de semicondutores, mas que as condições comecem a melhorar gradualmente. Assim, a companhia deverá ser capaz de expandir sua frota mais rapidamente nos próximos trimestres.

Além disso, a previsão é que as condições de compra melhorem, permitindo que as locadoras mantenham seus altos níveis de rentabilidade.

Em outra frente, as margens das locadoras com a venda de veículos seminovos devem começar a cair, seguindo a maior disponibilidade de carros novos. Nos últimos trimestres, com a escassez de veículos, os preços de carros usados foram inflados, elevando as margens desta divisão. Isso também deve impactar a depreciação por veículo, que deve seguir em alta, diz o BTG.

Fusão com a Unidas

Em relação à combinação de negócios com a concorrente Unidas (LCAM3), marcada para 1º de julho, a novidade da reunião é que a relação de troca de ações entre as companhias pode sofrer alterações em caso de novo pagamento de dividendos ou juros sobre o capital próprio até o fechamento da operação.

Outro ponto importante são as sinergias da transação que, segundo o BTG, devem ser relevantes e capturadas gradativamente.

Ações

Considerando todos os pontos, o banco reiterou sua recomendação de compra para a ação da Localiza, afirmando que as atualizações sobre o acordo com a Unidas, o fornecimento de veículos e a precificação dos serviços são os principais fatores que podem mexer com o papel no curto prazo.

O preço-alvo fixado pelo BTG é de R$ 75, o que corresponde a alta de 49% em relação ao valor do fechamento da última sexta-feira (24), de R$ 50,31.

Por volta de 16h desta segunda-feira (27), os papéis eram negociados em alta de 2,37%, a R$ 51,50.

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