Mais de 20 mil investidores compraram os títulos do RendA+ no 1º mês

Investimentos geraram movimentação de R$ 211 milhões, segundo Tesouro Nacional

Foto: Shutterstock/Brenda Rocha - Blossom


Mais de 20 mil investidores já compraram R$ 211 milhões em títulos do Tesouro Renda+, criado há um mês e voltado para a aposentadoria. O balanço do Tesouro Nacional leva o período de 30 dias (30 de janeiro a 1º de março).

A média de compras do novo título, feita dentro do programa Tesouro Direto, é de R$ 10 milhões ao dia, o que levaria o estoque do RendA+ a R$ 2,5 bilhões em um ano.

Diferente dos títulos tradicionais do Tesouro Direto (Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA), o investimento no Tesouro RendA+ prevê duas etapas. A primeira é a fase da acumulação, em que o investimento mensal é recomendado, mas não obrigatório. Durante a acumulação o investidor não irá receber renda.

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O investidor só passa a contar com um rendimento após o período de investimento, que depende do prazo do título escolhido. São oito vencimentos diferentes, começando em 2030 e indo até 2065.

Após esse período, o investidor passa a receber o valor investido corrigido mensalmente por meio de 240 prestações, ou seja, durante 20 anos. É possível fazer, no site do Tesouro, uma simulação para saber o quanto é necessário investir para receber uma determinada renda na data do vencimento do título.

Perfil das compras

Os com maiores demanda foram o Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra 2030 (R$ 80,3 milhões em compras liquidadas), Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra 2035 (R$ 38,1 milhões) e o Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra 2040 (R$ 27,5 milhões).

Dos mais de 20 mil de compradores, 23% (4,6 mil) ingressou no Tesouro Direto por meio desses novos títulos. A família de títulos recém-lançada responde atualmente por 11% das compras líquidas dos investidores no Tesouro Direto.

Em relação ao perfil dos investidores, o público entre 25 e 39 anos respondeu por 48% das compras e a faixa entre 40 e 59 anos ficou com uma fatia de 43% do número de operações. Aqueles com idade entre 40 e 59 anos concentram 65% do estoque dos novos papéis.

Pode resgatar antecipado?

O investidor pode resgatar o papel antes do vencimento, desde que cumpra a carência de ao menos 60 dias da compra. E como irá se desfazer do investimento, terá direito apenas ao valor de mercado do papel e não terá acesso ao pagamento da renda mensal por 20 anos.

No entanto, o investidor deve estar atento aos custos dessa venda antecipada, já que precisará arcar com a taxa de custódia – que é maior quando a venda é feita no curto prazo e isenta para quem carrega o papel até o vencimento na aplicação equivalente a até seis salários-mínimos e de 0,10% para o que ultrapassar esse corte.

Para resgate antes do vencimento, as taxas de custódia variam de 0,5% ao ano, se o prazo for antes de dez anos, a 0,10%, passado esse período. Esse custo só é cobrado no momento da venda do papel.

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