A Raízen, que se notabilizou em 2021 por ter realizado o maior IPO de 2021, com a captação de R$ 6,9 bilhões, vai diminuir a proporção de ações da companhia que está em circulação no mercado, o chamado free float.
A empresa de energia, que atua nos setores de açúcar e etanol, já havia manifestado a intenção à B3, mas estava aguardando a aprovação da bolsa brasileira, que deu a sua bênção nesta quinta-feira, dia 6 de janeiro, segundo comunicado publicado pela companhia.
Atualmente, 12% das ações da Raízen estão em ciculação no mercado. A retirada de parte delas se dará por meio de uma recompra dos papéis pela própria companhia. Com o aval da B3, a Raízen vai recomprar o equivalente a até 3,21% do total, ou 40 milhões de ações. A recompra tem prazo para ser feita em até 18 meses.
Mas o aval dado pela B3 exige uma contrapartida da Raízen. Até o fim do ano, a companhia terá de voltar a elevar a sua proporção de ações em circulação, para 15%.
De acordo com o comunicado da empresa, as ações serão recompradas agora para que a companhia possa cumprir com planos de remuneração em ações e “maximizar a geração de valor para os acionistas por meio de uma gestão eficiente de capital”. Vale ressaltar que o programa de recompra ainda precisa ser aprovado pelos acionistas da Raízen em assembleia geral.
No fechamento desta quinta, a ação era cotada a R$ 5,56, após queda de 3,64% no dia.
Joint venture
Na noite de quarta-feira, dia 5, a Raízen anunciou a formação de uma joint venture com o Grupo Gera, por meio da conclusão da aquisição dos ativos de geração de energia renovável do grupo.
No fato relevante de anúncio da aquisição, a Raízem afirmou que a joint venture “reforça a posição de liderança no processo de transição e descarbonização da matriz energética global, por meio da ampliação da oferta de energia mais limpa, renovável e sustentável”.