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Magalu (MGLU3) reverte lucro e perde R$ 112,1 milhões no 2º trimestre, impactado pela Selic

No segundo trimestre, as vendas totais cresceram 1,3%, para R$ 13,9 bilhões

Foto: Shutterstock

Refletindo o aumento da taxa de juros, que pesou sobre os resultados financeiros, o Magazine Luiza (MGLU3) reverteu o lucro líquido ajustado de R$ 89,1 anotado no segundo trimestre de 2021 e fechou o mesmo período deste ano com prejuízo líquido de R$ 112,1 milhões.

As despesas financeiras líquidas, principais responsáveis pelo prejuízo, de acordo com a varejista, totalizaram R$ 493,8 milhões no segundo trimestre deste ano, o equivalente a 5,8% da receita líquida, um aumento de 3,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2021, reflexo da alta da taxa Selic ao longo do ano.

O prejuízo líquido afetado pelo resultado financeiro já era amplamente antecipado pelo mercado. O Itaú BBA, porém, projetava uma perda menor, de R$ 87 milhões, enquanto o BTG esperava prejuízo de R$ 105 milhões.

No segundo trimestre, as vendas totais cresceram 1,3%, para R$ 13,9 bilhões, impulsionadas principalmente pelo e-commerce, compensando a redução de vendas nas lojas físicas, explica a varejista.

Dentro do segmento digital, as vendas com estoque próprio (1P) caíram 6,8%, para R$ 6,4 bilhões, enquanto as vendas no marketplace (3P) subiram 22%, para R$ 3,6 bilhões. Com isso, as vendas no e-commerce fecharam o segundo trimestre a R$ 10 bilhões, alta de 1,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.

As vendas nas lojas físicas, por sua vez, tiveram recuo de 0,3% na mesma base de comparação, para R$ 3,9 bilhões.

Mesmo com o aumento nas vendas, a receita líquida caiu 5% entre o segundo trimestre de 2021 e o mesmo período deste ano, para R$ 8,6 bilhões, impactada pelo menor volume de vendas na categoria de bens duráveis.

Na visão da companhia, um dos maiores destaques positivos do trimestre foi a margem bruta, que apresentou expansão de 3 pontos percentuais na comparação anual, para 28,6%, resultado do repasse da inflação e das taxas de juros nos preços dos produtos, da redução de despesas e do crescimento das receitas de serviços e marketplace.

Resultado do crescimento das vendas, principalmente do marketplace, e do aumento da margem bruta, o Ebitda ajustado do Magalu atingiu R$ 492,1 milhões no segundo trimestre, alta de 8%, enquanto a margem Ebitda ajustada foi de 5,7%, avançando 0,6 p.p. quando comparada ao segundo trimestre de 2021.

No braço financeiro da companhia, o volume total de operações processadas (TPV) atingiu R$ 22 bilhões no segundo trimestre, crescimento anual de 66,6%. A carteira de crédito fechou o trimestre a R$ 79,9 bilhões, 47,2% acima do anotado no mesmo período do ano passado, com inadimplência acima de 90 dias em 7,7%, 3 p.p. superior ao segundo trimestre de 2021.

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