Macy’s (MACY34) é a mais nova varejista dos EUA a demonstrar pessimismo com economia do país

Depois de Target e Walmart avisarem ao mercado que estavam preocupadas com a situação econômica dos Estados Unidos, foi a vez de a Macy’s (MACY34) – varejista voltada a um público com renda maior – soar o alarme.

Em comunicado publicado nesta terça-feira (24), a companhia reduziu sua previsão para a receita neste ano, afirmando que enxerga dois fatores capazes de afetar as vendas.

O primeiro deles diz respeito à possibilidade de a inflação corroer o poder de compra dos americanos e diminuir a propensão deles a consumir itens considerados não essenciais.

O segundo é o nível elevado de estoques das empresas do setor varejista, que pode levar as redes a dar descontos maiores para renovar os produtos nas prateleiras – algo que a própria Macy’s indicou que fará nos próximos meses.

Diante disso, a companhia agora prevê que as vendas líquidas em 2022 fiquem entre US$ 24,3 bilhões e US$ 24,6 bilhões. Antes, a estimativa ia de US$ 24,5 bilhões a US$ 24,7 bilhões.

“Esta perspectiva reflete uma visão cuidadosa dos impactos das pressões enfrentadas pelos consumidores e por aqueles no negócio”, disse a Macy’s no documento.

“Adicionalmente, a previsão da empresa incorpora os descontos e promoções que espera precisar para liquidar estoques antigos e diminuir os desequilíbrios entre estoques e vendas” até o final do ano acrescentou.

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Além de rebaixar a previsão para a receita do ano, a Macy’s divulgou hoje uma queda de 20,3% no lucro do segundo trimestre em relação a um ano antes, para US$ 275 milhões. A receita da companhia teve uma ligeira queda de 0,8% na mesma base de comparação, para US$ 5,6 bilhões.

Mesmo assim, os resultados parecem ter vindo melhores que as expectativas do mercado, dado que, por volta das 9h25, as ações da Macy’s subiam 1,4% no pré-mercado da Bolsa de Nova York. No mesmo horário, os principais índices de ações dos Estados Unidos apresentavam leve alta no mercado futuro, de 0,1%.