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Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) surpreende mercado e banco passa a prever ganho de até R$ 30 bi no ano

No segundo trimestre, o banco teve um lucro líquido ajustado de R$ 7,8 bilhões, alta de 54,8% em um ano

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Banco do Brasil (BBAS3), que publicou resultados para o segundo trimestre na noite desta quarta-feira (10), surpreendeu positivamente todos os analistas de mercado consultados pela Agência TradeMap e, junto com os dados, anunciou uma revisão para cima do lucro que prevê para 2022.

No segundo trimestre, o banco teve um lucro líquido ajustado de R$ 7,8 bilhões, alta de 54,8% em relação a igual período do ano passado e acima das projeções de casas como BTG Pactual (R$ 6,2 bilhões), Goldman Sachs (R$ 6,4 bilhões), Bank of America (R$ 6,7 bilhões), Itaú BBA (R$ 6,6 bilhões), Santander (R$ 6,6 bilhões) e XP (R$ 5,14 bilhões).

O resultado, segundo o banco, foi impulsionado principalmente pelo crescimento da margem financeira, que é basicamente o quanto a instituição ganha com juros em suas operações de crédito.

No período, a margem financeira bruta do Banco do Brasil somou R$ 17 bilhões, expansão de 18,9% em comparação ao segundo trimestre do ano passado.

Os números também foram impulsionados pela receita com prestação de serviços, que cresceu 8,9%, para R$ 7,8 bilhões no segundo trimestre.

A carteira de crédito, por sua vez, atingiu o montante de R$ 919,5 bilhões ao final do primeiro semestre, crescimento de 19,9% em relação ao que tinha ao final da primeira metade do ano passado.

Os resultados levaram o Banco do Brasil a rever para cima todas as suas projeções para o ano. Antes, o BB previa que o lucro líquido ajustado terminaria 2022 com algo entre R$ 23 bilhões e R$ 26 bilhões. Agora, a expectativa é que fique entre R$ 27 bilhões e R$ 30 bilhões.

A margem financeira bruta, que antes tinha um crescimento previsto de 11% a 15%, passou a ter projeção de 13% a 17%. A estimativa para a receita com prestação de serviços passou de alta de 4% a 8% para 6% a 9%.

A carteira de crédito também passou a contar com uma projeção mais otimista. Antes, esperava-se uma expansão de 8% a 12%. Agora, a projeção é de 12% a 16%.

A revisão mais significativa dentro da carteira ocorreu no segmento do agronegócio, uma das especialidades do BB. Antes, o banco previa expansão de 10% a 14% na carteira do setor. Agora, projeta algo entre 18% e 22%.

No crédito como um todo, a taxa de inadimplência do BB seguiu sob controle e abaixo da média do mercado. No período, os atrasos superiores a 90 dias ficaram em 2% da carteira, levemente acima do 1,89% verificado no trimestre anterior. Um ano antes, a taxa era de 1,86%. A média do mercado é de 2,7%.

Já as despesas com recursos destinados a cobrir eventuais calotes, as chamadas provisões para devedores duvidosos (PDDs), subiram 2,3% no segundo trimestre em relação a igual período do ano passado, para R$ 2,9 bilhões.

No segundo trimestre, o retorno sobre patrimônio líquido do Banco do Brasil saltou para 20,6%, de 14,5% um ano antes. No primeiro trimestre, era de 18,1%.

Juros sobre capital próprio

Junto com o resultado do segundo trimestre, o Banco do Brasil comunica que aprovou a distribuição de R$ 571,2 milhões a título de remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos e R$ 1,6 bilhão de JCP (juros sobre capital próprio), ambos relativos ao segundo trimestre de 2022.

Os valores pagos serão atualizados, pela taxa Selic, da data do balanço (30/06/2022) até a data do pagamento (31/08/2022) e terão como base a posição acionária de 22 de agosto. As ações serão negociadas a “ex” a partir de 23 de agosto.

 

Banco do Brasil

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