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Lucro da Arezzo (ARZZ3) deve mais do que dobrar no 2º trimestre, prevê Itaú BBA

A varejista de moda Arezzo (ARZZ3), que vem surpreendendo o mercado com seus resultados trimestre após trimestre, deve entregar mais uma rodada de números positivos para o período entre abril e junho – e há oportunidades para ainda mais crescimento à frente, na visão de analistas do Itaú BBA.

Além disso, apesar de a ação não estar entre as mais baratas do varejo, continua negociada a preços atrativos, dizem os analistas Thiago Macruz, Maria Clara Infantozzi e Gabriela Moraes, em relatório distribuído nesta terça-feira (19). Assim, o BBA classifica o papel como outperfom (performance esperada acima da média do mercado).

“A Arezzo ainda é uma de nossas teses de investimento favoritas no setor de moda, devido às muitas avenidas para crescimento orgânico e ao excelente histórico da gestão”, dizem os analistas do BBA, que projetam um ritmo de crescimento médio anual para os lucros da companhia de 21% nos próximos três anos – sem considerar oportunidades inorgânicas.

Pela projeção do banco, a Arezzo deve registrar lucro líquido de R$ 115 milhões no segundo trimestre, crescimento de 142,5% em relação a igual período do ano passado, mais que o dobro.

Ainda que a Arezzo já tenha participação de 30% em seu mercado core (bolsas e calçados focados nas classes A e B), o BBA acredita que ainda há espaço para crescimento, principalmente por meio da expansão do mercado endereçável, expandindo sua presença em segmentos como vestuário feminino.

Outra avenida de crescimento que pode ser explorada é a expansão internacional, principalmente para os Estados Unidos. Por enquanto, essa jornada é protagonizada pela Schutz, mas o BBA acredita que mais marcas podem fazer parte deste movimento.

Para o segundo trimestre, o BBA espera que as vendas tenham crescimento de 55,5% em relação aos mesmos três meses do ano passado, considerando apenas as lojas que já estavam abertas no período. Em termos de receita, a expectativa do banco é de expansão, devido ao repasse da inflação nos preços – o que também deve elevar a margem bruta em 1,1 ponto percentual, para 55%, e a margem Ebitda ajustada em 1,6 p.p, para 16,9%.

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Os analistas enxergam também oportunidades de crescimento inorgânico à frente, sobretudo por meio de novos acordos de licenciamento de marcas internacionais. “Fusões e aquisições são sempre um tópico quente para qualquer tese de investimento, e mais ainda para a Arezzo, dado o trabalho bem-sucedido da companhia nesta área”, diz o relatório.

Em sua análise, o BBA acredita que algumas das oportunidades de licenciamento mais atrativas para a Arezzo seriam as das marcas Kipling e Reebok, devido ao forte posicionamento de marca e aos segmentos de mercado em que atuam, complementares ao portfólio da Arezzo.

Junto com todas as oportunidades de crescimento, os analistas também exergam riscos para a companhia que, combinados com as bases de comparação difíceis dos últimos trimestres, podem prejudicar a performance do segundo semestre. Os principais riscos, segundo o BBA, envolvem a execução diária, uma vez que a companhia vem tocando uma série de novos projetos ao mesmo tempo.

“Esse curto prazo potencialmente mais fraco não muda nossa visão de longo prazo para essa tese de investimento”, declaram os analistas.

No entanto, considerando novas premissas macroeconômicas e de custo de capital, o preço-alvo para a ação passou de R$ 100 para R$ 91 – o que corresponde a alta de 21% em relação ao valor do papel no fechamento de segunda-feira (18), de R$ 75,08.

Por volta das 14h desta terça, a ação era negociada em baixa de 2,01%, a R$ 73,57.

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