O conselho diretor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações ) decidiu na quinta-feira (2) estender em 60 dias o prazo para que as companhias de telefonia comecem a oferecer o sinal de internet 5G nas capitais brasileiras.
O prazo para liberação da faixa de radiofrequências de 3.300 a 3.700 MHz, que permite a ativação deste sinal, era 30 de junho, e as companhias tinham até 31 de julho para instalar Estações Rádio Base (ERBs) na proporção de uma para cada 100 mil habitantes nas capitais. Com o prazo adicional, essas datas passam a ser 29 de agosto e 29 de setembro deste ano, respectivamente.
Em algumas situações será possível liberar com antecedência o sinal de 5G, mas isso dependerá de avaliação da Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF) e da aprovação da Anatel.
A motivação técnica para estender o prazo foi a impossibilidade de entrega de equipamentos pela indústria. Antes de o sinal 5G ser implantado, é necessária a instalação de equipamentos para evitar interferências em sinais de antenas parabólicas.
Segundo a Anatel, o lockdown na China, a escassez de semicondutores, as limitações do transporte aéreo e a demora no desembaraço aduaneiro trouxeram impactos ao projeto.
O edital do Leilão do 5G já previa que os prazos estabelecidos no cronograma poderiam ser alterados em 60 dias, desde que constatadas dificuldades técnicas para a realização de atividades necessárias para a migração da recepção do sinal de televisão aberta e gratuita por meio de antenas parabólicas na Banda C para a Banda Ku ou para a desocupação da faixa de 3.625 MHz a 3.700 MHz por sistemas do Serviço Fixo por Satélite (FSS).