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Juros na zona do euro, inflação nos EUA e o que mais você precisa saber para investir bem hoje

Investidores ainda acompanham dados do comércio em janeiro, que serão divulgados pelo IBGE

Gabriel Tomé

Gabriel Tomé

Foto: Shutterstock

Em dia de agenda carregada, duas divulgações no exterior nesta quinta-feira (10) prometem ajudar a calibrar as apostas do mercado sobre quais serão os juros nas grandes economias em meio ao conflito entre Ucrânia e Rússia.

Logo mais, às 9h45, o BCE (Banco Central Europeu) informa a nova taxa básica de juros da zona da euro, e deve indicar no comunicado da decisão a sua posição em relação às fortes pressões inflacionárias da guerra sobre o bloco comercial, o mais atingido pela invasão.

É um desafio delicado. De um lado, a situação tende a reduzir o crescimento da economia europeia, o que em tese geraria menos inflação e menos juros. Do outro, as cadeias de fornecimento de produtos e energia são impulsionadoras dos preços, que já vinham em um patamar elevado por causa dos preços.

Nos EUA, às 10h30, a BLS (Secretaria de Estatísticas Trabalhistas americana) informa o CPI (índice de preços ao consumidor) dos Estados Unidos em fevereiro, revelando como a inflação vem se comportando na maior economia do mundo.

Na semana que vem, o Fomc (comitê de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos EUA) se reúne para decidir a primeira elevação nos juros desde a pandemia, e as apostas se concentram em uma alta de 0,25 ponto percentual.

A expectativa pelos dados, assim como a tensão em torno do guerra, faz as principais bolsas internacionais operarem no vermelho na manhã de hoje. Por volta das 7h50, o índice Euro Stoxx 50 registrava queda de 2,12%. Os contratos futuros americanos também operavam em baixa, com o Dow Jones caindo 0,69%, o S&P 500 registrando queda de 0,61% e o Nasdaq em queda de 0,81%.

Por que os juros em grandes economias mexem com o mercado brasileiro?

Para países emergentes como o Brasil, juros mais elevados em grandes economias tendem a ser uma má notícia, já que quanto maior o retorno pago por títulos altamente seguros, menor a atratividade de ativos considerados mais arriscados.

PMC e Caged

Do lado da atividade econômica, os investidores estarão de olho nos dados da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de janeiro, que saem logo mais, às 9h e às 10h.

Ontem, o primeiro dado robusto do comportamento da atividade no início de 2022, a produção industrial, veio bem pior do que o esperado pelo mercado, tombando 2,4% em meio ao avanço da variante Ômicron, que no início do ano se espalhava rapidamente, e da inflação elevada.

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Os dados do varejo e de emprego formal no mês retrasado ajudarão os investidores a ajustarem expectativas para juros e desempenho das empresas, em especial aquelas ligadas ao consumo.

O mercado ainda repercute os balanços de Embraer (EMBR3) e Via (VIIA3), que foram divulgados na noite de ontem.

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Veja abaixo a agenda completa: 

Às 8h, sai a primeira prévia de março do IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado) da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Às 9h, o IBGE informa a PMC (Pesquisa Mensal do Comércio) de janeiro.

Às 9h45, o BCE (Banco Central Europeu) divulga a nova taxa básica de juros da Zona do Euro.

Às 10h30, sai o CPI (índice de preços ao consumidor) dos EUA em fevereiro, que será divulgado pela BLS (Secretaria de Estatísticas Trabalhistas americana).

Às 10h30, os EUA informam o número atualizado de pedidos de auxílio desemprego no país.

Às 15h, o Ministério da Economia informa a criação de vagas com carteira assinada medida pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de janeiro.

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