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Itaú (ITUB4) volta à carteira de ações da IP Capital após cinco anos; veja o motivo

A IP deixou de ter posição no Itaú em 2018 após mais de 15 anos investindo no banco

Foto: Shutterstock/T. Schneider

Após encerrar sua posição no Itaú (ITUB4) em 2018, a gestora IP Capital Partners voltou a ser acionista da instituição. Em seu relatório de gestão de janeiro publicado em seu site, a IP afirmou que perspectivas mais promissoras para o banco, provenientes de uma gestão com demonstrada capacidade de adaptação, foram impulsionadores dessa volta ao papel.

A IP lembrou que deixou de ter posição no Itaú em 2018 após mais de 15 anos investindo no banco. À época, a gestora entendeu que o Itaú passou a ser pressionado pela chegada de novas entrantes em negócios de adquirência, cartões, investimentos como as fintechs Nubank, Inter, C6, XP, BTG, PagSeguro, Stone e Mercado Pago.

“Encerramos a posição [na época] preocupados com o futuro do negócio do ponto de vista competitivo. Eram múltiplos ataques surgindo em diversas frentes do negócio”.

Contudo, conforme os anos foram passando, a gestora viu o banco se reinventar e retomar uma posição de destaque nessas áreas. “A pressão competitiva acabou sendo uma mola propulsora para a companhia acelerar a modernização de seus serviços e aumentar o foco no cliente”, destacou a IP em sua relatório de gestão.

A IP relembra que depois de ceder mercado até 2021, os resultados de 2022 melhoraram, e cita que o “banco conseguiu segurar avanços competitivos e passou a atacar e incomodar mais”.

Em seu balanço do ano passado, divulgado na última semana, o Itaú obteve lucro líquido recorrente gerencial, que exclui efeitos extraordinários, de R$ 30,7 bilhões, em 2022 alta de 14,5% em relação ao resultado de 2021.

“Em 2022, foi o banco que mais adicionou clientes entre os incumbentes. Na área de atacado, em 2022, realizou mais emissões de renda fixa do que BTG e XP somados. O que mais temos ouvido dos competidores é que não está fácil competir com o Itaú atualmente”, destacou a IP, afirmando que os resultados do Itaú têm sido superiores aos de seus pares privados.

Ao final de 2022, o Itaú teve uma rentabilidade de 20,3% (ROAE, na sigla em inglês), enquanto Bradesco e Santander tiveram 13,1% e 16,3%, respectivamente. “É uma disparidade que não se via com frequência no passado”, afirma a IP.

A IP não informa exatamente em que momento de 2018 deixou de ser acionista do Itaú, mas, do início de 2019 até o fechamento de quarta-feira (15), a ação da companhia teve valorização de 9,22%.

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