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Itaú fica mais otimista com a economia e eleva previsão de crescimento do PIB para 2,8% em 2022

Resiliência do setor de serviços no terceiro trimestre levou o Itaú Unibanco a revisar para cima a perspectiva de alta do PIB 2022

Foto: Shutterstock/rafastockbr

A resiliência do setor de serviços no terceiro trimestre levou o Itaú Unibanco (ITUB4) a revisar para cima a perspectiva de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no período e no acumulado de 2022, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (25).

Mesmo com o viés mais otimista, porém, o banco ainda espera a desaceleração das atividades no fim do ano, principalmente pelo efeito defasado da alta de juros e por causa da redução da renda dos brasileiros, ambos reflexos da escalada da inflação entre a segunda metade de 2020 e junho deste ano.

Os analistas do banco calculam que o PIB cresceu 0,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre, quando a expansão foi de 1,2%. Antes, a previsão do Itaú Unibanco era alta de 0,4%. Na comparação entre o terceiro trimestre e o mesmo período do ano passado, a previsão é de 3,6%.

Com esse resultado, as atividades econômicas do Brasil devem fechar este ano com alta de 2,8%, contra 2,7% previsto anteriormente.

Em 2021, o país registrou avanço de 4,6% no PIB, apagando as perdas da pandemia da Covid-19 e apresentando o melhor resultado desde 2010 (7,5%).

Os dados oficiais do PIB do terceiro trimestre serão divulgados na próxima quinta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“O ritmo de desaceleração dos serviços prestados às famílias foi menor do que esperávamos, enquanto outros setores, como transportes e informação, continuaram mostrando forte desempenho no período”, informou a equipe de análise macroeconômica do Itaú Unibanco.

As previsões do Itaú estão em linha com o consenso do mercado financeiro, que espera alta de 2,8% do PIB neste ano, segundo dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira (25).

Perda de fôlego

O Itaú Unibanco manteve a sua projeção de alta de 0,1% do PIB no quarto trimestre ante o terceiro, indicando a perda de fôlego das atividades diante da alta dos juros e da perda de poder de compra das famílias.

Além dos fatores macroeconômicos, o banco também citou a queda nas vendas do varejo e na prestação de serviços em outubro por conta do calendário eleitoral.

“A adoção, por alguns estados, da Lei Seca, afeta negativamente o consumo em bares e restaurantes. Além disso, o volume de gastos com hotéis também recuou nos finais de semana do primeiro e segundo turno, indicando que viagens são reduzidas no período”, explicou o banco.

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