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Itaú BBA rebaixa preço-alvo do Bradesco (BBDC4), mas ainda está otimista com a ação; entenda

Analistas acreditam que o papel pode ter valorização de 26% até o fim do ano

Foto: Shutterstock

A decisão da gestão do Bradesco (BBDC4) de bonificar seus acionistas com uma ação para cada dez papéis detidos, aprovada em abril, fez com que o número de papéis em circulação aumentasse em 10% – e é o único motivo por trás da revisão de preço-alvo dos analistas do Itaú BBA, segundo relatório distribuído nesta segunda-feira (6).

O BBA agora espera que os papéis terminem 2022 negociados a R$ 25, contra R$ 27 anteriormente, o que corresponde a alta de 26% em relação aos níveis atuais. O banco segue esperando que as ações tenham performance superior à média do mercado.

Apesar deste ajuste no preço-alvo, os analistas do BBA estão cada vez mais otimistas com os resultados do Bradesco. Para os próximos trimestres, a expectativa é que melhorias na receita líquida de juros (NII) de clientes e um ritmo de crescimento menor para a inadimplência permitam aceleração nos lucros.

A projeção do BBA é que a inadimplência, medida pela métrica NPL de 90 dias, suba 0,2% no segundo trimestre, ante alta de 0,4% nos três primeiros meses do ano. Com isso, os temores de que o banco possa ter de ampliar seus gastos com provisionamento deve ser amenizados.

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Isso porque, na análise do BBA, a maior parte dos aumentos de inadimplência está concentrada em segmentos como cartões de crédito e empréstimos pessoais, que são menos significativos no portfólio de grandes bancos, pesando mais sobre bancos digitais e fintechs.

“Estamos menos preocupados com grandes bancos, como o Bradesco, quando falamos sobre tendências de qualidade de crédito. Eles não apenas têm linhas de crédito mais seguras (como imobiliário e de folha de pagamento), mas também clientes de renda mais alta nas linhas de cartão de crédito, veículos ou empréstimos pessoais”, escrevem os analistas.

Em outra frente, o BBA também espera uma aceleração na expansão da margem líquida de juros (NIM) das operações de crédito do Bradesco nos próximos trimestres, motivada pela reprecificação e mudanças no mix, que agora tem maior peso de produtos com rendimentos mais altos.

Outro ponto que deve jogar a favor do banco no segundo trimestre, na visão do BBA, é a atividade econômica, que tem se mostrado melhor do que o antecipado pelo mercado. Depois da alta de 1% no PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, os economistas do BBA agora esperam expansão de 1,6% no PIB neste ano, contra a projeção anterior de 1%.

Com isso, a expectativa do BBA é que o Bradesco termine 2022 com lucro de R$ 28,1 bilhões, 7% acima do registrado em 2021.

Em um horizonte mais longo, para 2023, o BBA acredita que o Bradesco possa registrar crescimento de dois dígitos no lucro, impulsionado pela retomada da receita com operações de mercado. A expectativa é que o lucro cresça 16% no ano.

Por volta de 13h03, as ações preferenciais do Bradesco caiam 0,20%, negociadas a R$ 19,87.

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