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Itaú BBA eleva classificação do Bradesco (BBDC4) e vê valorização potencial de 34%; ação sobe

Itaú BBA passa a recomendar compra dos papéis do Bradesco, que deve se beneficiar de recuperação do spread de crédito

Foto: Divulgação

O Itaú BBA passou a ter uma visão mais otimista sobre as ações do Bradesco para 2022, em especial por causa das perspectivas de recuperação dos spreads de juros — a diferença entre o que bancos pagam para captar dinheiro no mercado e o quanto cobram em empréstimos ao consumidor final.

Em relatório publicado nesta terça-feira (25), a equipe de analistas do BBA informou que elevou a classificação do Bradesco para “outperform” (acima da média do mercado) e aumentou a estimativa de preço-alvo de R$ 26 para R$ 28, o que implica uma valorização potencial de 34% em relação ao fechamento de segunda-feira (24).

Após os juros voltarem a subir no Brasil em 2021, o setor bancário tem conseguido elevar as taxas praticadas no mercado, ampliando o quanto eles ganham com o crédito no final das contas. “A recuperação do spread dos juros finalmente parece estar em andamento, mais rápida e mais forte do que o previsto anteriormente”, diz o BBA.

Pelos cálculos dos analistas, o Bradesco deverá ter um crescimento de 18% nos ganhos com juros aos clientes no ano fiscal de 2022. O que também ajuda, diz o BBA, é que a taxa de inadimplência, que já contava com uma previsão conservadora para este ano, não tem se deteriorado.

Diante desse cenário, o Bradesco deverá uma expansão de 10% no lucro sobre ação em 2022, estima o BBA, que ressalta que o banco tem a menor avaliação de mercado em 10 anos. O preço sobre o lucro, por exemplo, é negociado em sete vezes. A média dos últimos três anos, segundo dados da plataforma do TradeMap, é de 12,15 vezes.

Para o Itaú BBA, os papéis do Bradesco estão baratos. “Isso não é novidade, mas vemos uma racionalidade para que os números sejam revisados pelo mercado e haja uma reclassificação”, escrevem os analistas.

Com a elevação da classificação, o Itaú BBA colocou o Bradesco junto ao Banco do Brasil como bancos consolidados avaliados como “outperform”. Para os analistas, as instituições financeiras devem também se beneficiar de um momento menos favorável para os bancos digitais, com menos possibilidades de financiamento e mais dificuldades em relação à inadimplência, em meio à estagnação econômica.

“Os bancos digitais enfrentarão uma diminuição na captação de novos públicos, e deverão adotar uma abordagem mais segmentada, focando nos clientes atuais”, diz o BBA. “Acreditamos que 2022 será um ano de melhores ganhos e temas mais favoráveis ​​para grandes bancos, em oposição aos players digitais”.

Por volta das 17h30, as ações do Bradesco tinham alta de 3,76%, negociadas a R$ 22,10.

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