IRB Brasil (IRBR3): limite para aluguel de ações cai e volta aos 25%; ações despencam

A B3 diminuiu o limite de ações do IRB Brasil (IRBR3) que podem ser alugadas por investidores, travando um pouco o espaço para apostas na queda do preço dos papéis. Nesta terça, a ação do IRB liderava as perdas do Ibovespa, com recuo de 6,25%, a R$ 1,05, por volta das 16h15.

De acordo com ofício da Bolsa, o limite de empréstimo de ações será reduzido dos atuais 30% para 25% do free float (percentual de papéis de uma empresa que está em circulação na B3), a partir de amanhã, quarta-feira (5).

Em agosto, a B3 havia aumentado o limite de aluguel para 30%, visto que havia uma grande quantidade de apostas contra o papel do ressegurador. Para um investidor apostar na queda do preço de um papel, ele precisa primeiro alugá-lo de um investidor que já possua as ações.

Feito isso, pode vender os papéis como se fossem seus, mas precisará recomprá-los no futuro para devolvê-los ao proprietário original.

Nesse tipo de operação, conhecida como venda a descoberto, a expectativa é de que o preço dos ativos caia para que eles possam ser recomprados por um valor mais baizo no futuro.

Em agosto, a demanda pelo aluguel de ações do IRB cresceu tanto que os interessados em fazer operações de venda a descoberto com o papel aceitaram pagar uma remuneração de 100% ao ano sobre o valor dos ativos emprestados.

A demanda elevada ocorreu após o IRB sinalizar que faria uma oferta de novas ações. A companhia afirmou na época, que pretendia levantar R$ 1,2 bilhão com a venda dos papéis, mas que o preço deles poderia ficar abaixo de R$ 1 – bem menor que o de R$ 2,01 observado no fechamento da véspera do anúncio.

Essa perspectiva de redução nos preços atrai operações de venda a descoberto.