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IPCA-15 recua 0,37% em setembro e aponta terceiro mês seguido de deflação

Nova deflação ficou acima da esperada pelo mercado

Foto: Shutterstock

Ainda impactado pelo corte de impostos nos combustíveis, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) caiu 0,37% em setembro, segundo dados do divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (27). Em agosto, o indicador também havia recuado, em 0,73%.

No acumulado do ano, o IPCA-15 registra alta de 4,63%, enquanto nos últimos 12 meses a taxa desacelerou para 7,96%, abaixo dos 9,6% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. O resultado mostrou uma queda mensal ligeiramente maior que a esperada pelo mercado, que previa recuo de 0,2%, segundo o consenso da Refinitiv.

Das nove categorias pesquisadas, apenas três registraram deflação na comparação mensal. O resultado foi mais uma vez puxado pela queda no preço dos combustíveis, com recuo de 10,10% no etanol, 9,78% na gasolina, 5,4% no óleo diesel e 0,3% no gás veicular. Os produtos fizeram a categoria transportes recuar 2,35%, a maior contribuição para o resultado.

Além disso, também registraram queda nos preços os grupos de comunicação (-2,74%) e alimentação e bebidas (-0,47%). Os demais seis grupos apresentaram alta no IPCA-15 de setembro. Vestuários registraram majoração de 1,66%, enquanto o grupo de saúde e cuidados pessoais teve crescimento de 0,94%.

O grupo habitação teve alta de 0,47%, impactado especialmente pelo avanço de 0,81% do gás de botijão e 0,41% da energia elétrica. Os artigos de residência tiveram crescimento de 0,24%, enquanto despesas pessoais subiram 0,83% e educação teve alta de 0,12%.

BC encerra ciclo de alta dos juros

Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) encerrou o ciclo de alta dos juros em 13,75% ao ano. A decisão já era esperada pelo mercado após a constante elevação da Selic desde março de 2021. De lá para cá, o colegiado injetou 11,75 pontos percentuais na taxa básica.

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Ata do Copom: BC está vigilante e não hesitará em retomar alta de juros

Investidores agora digerem o tom mais duro do Copom sobre a necessidade de manter a Selic em patamar elevado por mais tempo do que o previsto inicialmente, e quais os impactos da taxa na desaceleração da inflação.

Nesta segunda-feira (26), o Boletim Focus, a pesquisa semanal que o BC faz com mais de uma centena de analistas, mostrou que o mercado já espera a inflação abaixo de 6% neste ano. Segundo os dados, a expectativa é que o IPCA encerre 2022 em 5,88%, e no próximo ano fique em 5%.

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