Os investimentos distribuídos nas instituições financeiras no Brasil terminaram 2021 com crescimento de 7,2%. Em dezembro, o montante somou R$ 4,5 trilhões, segundo dados divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais nesta quarta-feira (2).
O varejo tradicional terminou o ano com patrimônio líquido de R$ 1,53 trilhão, expansão de 5,4%. Por sua vez, o de alta renda atingiu R$ 1,25 trilhão, com avanço de 11,1%, e a área de private, R$ 1,72 trilhão, com aumento de 6%. O número de contas, por outro lado, teve queda de 3,8%, principalmente por causa da redução de 5% ocorrida no varejo tradicional.
Os títulos e valores mobiliários responderam pelo maior volume dos recursos investidos. Com alta de 16% em relação a 2020, alcançaram R$ 1,9 trilhão ao fim do ano passado.
Os fundos de investimentos cresceram 3,3%, e a poupança permaneceu no mesmo patamar. Já a previdência teve redução no valor aplicado em 3,6%.
Renda fixa
Com a elevação da taxa básica de juros ocorrida ao longo de 2021, os ativos de renda fixa voltaram a ganhar participação no total dos investimentos. Em dezembro de 2020, quando a Selic estava em 2%, esse segmento respondeu por 58,1% do total. No último mês do ano passado, a fatia passou para 59%.
O CDB teve expansão de 16,8% no volume investido no private e 15,7% no varejo. No total, passou de R$ 492,2 bilhões para R$ 569,9 bilhões.
A LCA (Letras de Créditos Agrícolas) retomou o avanço em 2021, com aumento de R$ 35 bilhões no volume investido. O varejo respondeu por R$ 30 bilhões deste total, uma alta de 43,9%.
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Renda variável
A renda variável manteve destaque no segmento private, com expansão de 6,9% e o montante de R$ 608,8 bilhões aplicados. O varejo tradicional registrou uma alta de 22,5% em investimentos híbridos, com o valor total de R$ 85,1 bilhões em dezembro do ano passado.
O montante investido em ações cresceu 5,6% no private e 4,6% no varejo como todo. Por sua vez, o aplicado em fundos imobiliários avançou 24,9% no varejo e caiu 9,9% no private, na comparação anual.
A Anbima informou também que a concessão de crédito cresceu 26% no período, com oferta maior ao agronegócio, cuja alta foi de 43,6%.