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Intelbras (INTB3) tem superado adversidades – e explica como em live com Trademap

Gabriel Tomé

Gabriel Tomé

Foto: Divulgação

Após pouco mais de um ano de sua abertura de capital, a Intelbras (INTB3) tem surpreendido o mercado por estar superando a tempestade perfeita do mercado. 

Via de regra, as recém-chegadas à Bolsa sofrem com o aperto monetário no país e a queda de apetite por empresas de crescimento, mas não é o contexto da Intelbras.

Em relação à precificação do IPO, as ações da companhia já subiram mais de 50%, enquanto no mesmo período o SMLL, índice de small caps da B3, tem queda de 25%.

Comparação entre ações INTB3, índice Ibovespa e ETF XMAL11 (que replica o SMLL) nos últimos 12 meses

Fonte: TradeMap
Fonte: TradeMap

A Intelbras se aproveita do quase meio século de história para oferecer ao mercado o que ele demanda. Ela presta soluções em segurança, redes, comunicação e energia. No segmento da tão necessária segurança no Brasil, ela é líder, e tem aumentado suas apostas na promissora energia solar. 

“A empresa vem ampliando seu portfólio, mais recentemente entramos em energia – que a gente chama de ‘power’ aqui dentro. São baterias e nobreaks que alimentam toda essa base de produtos que a gente comercializa e também a energia solar, que a gente tem um plano para sermos o maior fornecedor do Brasil”, explica o gerente de Relações com Investidores da Intelbras, Bruno Teixeira.

No primeiro trimestre deste ano, a segurança teve uma participação de 54% no resultado, enquanto energia ficou com 24% e comunicação com 23%. 

Esse mix de operações tem trazido resultados para a Intelbras — sobretudo no top line do balanço. Entre janeiro e março deste ano, a companhia teve uma receita líquida de R$ 866,19 milhões, alta de 24,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que é uma aproximação da geração de caixa da empresa, subiu apenas 2,6%, mas foi o suficiente para o lucro líquido avançar 9,9% em 12 meses, para R$ 98,56 milhões.

O ponto de preocupação dos investidores está centrado na queda da eficiência operacional da companhia, demonstrada pela queda de todas as margens, no balanço divulgado na última semana. 

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O primeiro trimestre é sazonalmente mais fraco para vendas, além do contexto macroeconômico ser um empecilho ao desenvolvimento do negócio e investimentos a serem realizados. 

Há de se observar, portanto, a recomposição das margens ao longo dos próximos trimestres, embora no curto prazo a Intelbras esteja mais concentrada em aproveitar o caixa disponível para aumentar os estoques e conquistar espaço no mercado.

“A gente tem o costume de dizer que caixa robusto significa negócio robusto, o que te dá capacidade de atravessar situações macroeconômicas mais difíceis e te abre oportunidades de fazer movimentos que os concorrentes não possam vir a fazer”, disse Teixeira, citando como exemplo justamente o aumento de estoques em meio a dificuldades na obtenção de mercadorias.

“Parte do investimento dos recursos disponíveis em caixa para compra de estoque visa a trazer uma maior garantia de atendimento das demandas, diminuindo os impactos da escassez global, como a de semicondutores, e a mitigar os efeitos da alta na taxa de juros no país. A empresa aposta nessa estratégia temporariamente visando ganhar mercado, já que o consumo do caixa não é viável em um longo período”, disse Teixeira.

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