Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Inflação em queda? O que esperar do IPCA até o final de 2023

Foto: Shutterstock/stockwerk-fotodesign

De acordo com os dados do TradeMap e considerando as projeções do Banco Central (BC), a tendência é de que a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) caia até junho deste ano, seguida por um aumento nos próximos meses.

Isso ocorre porque, entre julho e setembro de 2022, a inflação foi negativa, o que influencia o índice para baixo.

A partir de julho de 2023, esses resultados negativos deixam de ser negociados no acumulado de 12 meses, proporcionando uma visão mais realista.

Assim como aponta o gráfico abaixo, é esperado que o menor ponto seja alcançado no mês que vem, com o IPCA fechando em 3,80% ao ano.

Já no mês posterior, a inflação oficial do Brasil deve começar a subir até atingir o ponto mais alto, em setembro, com 6,14% ao ano, como apontam as expectativas.

Contudo, é importante ressaltar que é esperada uma queda da inflação entre setembro e dezembro de 2023, encerrando o ano com 5,79% a.a., um valor superior à meta estabelecida de 4,75% a.a.

Juros no Brasil

A inflação está diretamente relacionada à taxa básica de juros do país, a Selic, que é uma ferramenta utilizada pelo BC para controlar a inflação e influenciar a economia como um todo.

Em períodos de alta inflação, a autarquia monetária pode optar por aumentar a Selic como medida para conter a pressão inflacionária.

O principal objetivo do aumento dessa taxa em resposta à alta inflação é controlar o aumento generalizado dos preços. Dessa forma, ao elevar a Selic, o BC busca desencorajar o consumo e os investimentos, tornando o crédito mais caro e reduzindo a demanda.

Isso pode ajudar a controlar a inflação, uma vez que uma menor demanda tende a diminuir a pressão sobre os preços.

Fernanda Mansano, economista chefe da TRAAD, comenta que, ao olhar para frente, há pontos que consolidam um cenário benigno para a inflação nos próximos meses.

O primeiro condiz ao efeito positivo da mudança de preços do combustível implementada pela Petrobras, o que levará a menores pressões de preços na cesta do consumidor.

Já o segundo ponto é a desaceleração de grandes países, como os EUA, corroborando para expectativas baixistas para as commodities, especialmente o preço do petróleo internacional, que soma à retomada mais fraca da atividade econômica da China para este segundo semestre.

A economista também chama a atenção para a sazonalidade dos preços de alimentos no segundo semestre do ano, já que poderá trazer pressões altistas no IPCA – colaborando para a projeção acima do limite da meta.

Compartilhe:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.