Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Indústria vê menos demanda em quase todas as categorias, e confiança cai em setembro

Sondagem da FGV mostra que o pessimismo do setor é com a situação atual; expectativas oscilam para cima

Foto: Shutterstock

Após subir em agosto, a confiança da indústria caiu em setembro, com o setor vendo queda de demanda em quase todas as categorias de bens industriais, com exceção dos não duráveis, como alimentos, medicamentos e cosméticos.

Os dados do Índice de Confiança da Indústria foram divulgados nesta quarta-feira (28) pela FGV Ibre, e mostraram uma queda de 0,8 ponto no indicador neste mês, para 99,5 pontos –  resultados acima de 100 pontos indicam uma perspectiva favorável para os negócios, e abaixo disso, uma avaliação desfavorável.

Com isso, após subir para 100,3 pontos no mês passado, a confiança voltou ao patamar de julho. O indicador é formado por sondagens junto à indústria tanto sobre a situação atual dos negócios quanto por expectativas para os próximos seis meses.

A piora se deu no índice da situação atual, que recuou de 102,8 pontos para 100,9. O índice de expectativas oscilou positivamente, de 97,9 para 98 pontos. Houve queda da confiança em 11 de 19 segmentos industriais pesquisados.

“Em setembro, a confiança da indústria recuou influenciada por uma percepção dos empresários de queda na demanda por produtos industriais de todas as categorias de uso, exceto nos produtos de consumo de bens não duráveis”, apontou Stéfano Pacini, economista da FGV Ibre, em material de divulgação do levantamento.

De acordo com o especialista, essa avaliação pior acaba impactando a avaliação do setor sobre o presente, apesar dos custos da indústria terem se reduzido. “Tal resultado afeta negativamente a avaliação sobre a situação atual dos negócios, apesar de uma descompressão nos custos com a redução dos preços do petróleo e da energia.”

Na avaliação de Pacini, há um pessimismo quanto ao aumento de produção nos próximos meses, por conta da desaceleração prevista da atividade econômica e dificuldades no fornecimento de alguns insumos.

“O cenário melhora um pouco no horizonte de seis meses, mas é preciso ter cautela considerando que a política monetária mais restritiva deve conter os investimentos nos próximos meses.”, comenta Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.

Saiba mais:
Ata do Copom: BC está vigilante e não hesitará em retomar alta de juros

A utilização da capacidade instalada da indústria, que é o percentual do quanto do parque industrial está sendo usado, também caiu, de 82,2% para 80,8%, retornando assim ao patamar de maio deste ano.

Compartilhe:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.