O Goldman Sachs reduziu o preço-alvo de Iguatemi (IGTI11) de R$ 29 para R$ 28, o que representa um potencial de valorização de 37% em relação ao fechamento de sexta-feira (23). No entanto, o banco manteve a recomendação de compra das ações.
A atualização do preço-alvo foi feita para incorporar a captação recente de R$ 720 milhões com a venda de novas ações pela companhia. A oferta de papéis dilui o lucro distribuído aos acionistas.
O valor revisado não leva em consideração a compra da participação de 36% restante do shopping JK Iguatemi, considerado uma joia da coroa no portfólio da companhia. Isso porque a operação só deve ser concluída no quarto trimestre de 2022.
Em relatório distribuído nesta terça-feira (27), os analistas Jorel Guilloty e Steven Lam apontaram que a Iguatemi usará os recursos obtido com a venda de ações para reduzir o endividamento.
Com isso, o índice que mede a proporção da dívida líquida em relação ao Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve cair para 0,9 em 2023. Antes, a previsão era que recuasse a 2.
No geral, o Goldman Sachs ressalta que as perspectivas para a Iguatemi permanecem inalteradas, embora exista a expectativa de uma inflação mais baixa no próximo ano, passando de uma estimativa de 5,9% para 5,3%.
Leia também:
Iguatemi passa a ser dono de 100% do JK e anuncia oferta de ações
Os analistas explicam ainda que a exposição da companhia a ativos de alta renda devem impulsionar o crescimento real dos aluguéis. Para Guilloty e Lam, tirando o JK Iguatemi, o portfólio da Iguatemi deve crescer até 25% ou mais em 2023 e 2024.
Diante disso, o Goldman prevê que o fluxo de caixa das operações por diluição de ações pode variar de 5,9% a 1,5% em 2023, e de 1% a 2,8% em 2024.
Por volta de 14h05, o papel da administradora de shoppings caía 0,70%, a R$ 19,93. Nos últimos 12 meses, as units da Iguatemi acumulam uma queda de 3,02%, segundo a plataforma do TradeMap.