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Ibovespa terá menos ações a partir de 2023, segundo cálculos do Bank of America

Banco americano acredita que a ação da Positivo será retirada da carteira

Foto: Shutterstock/Regina M art

O Ibovespa, principal índice do mercado de ações do Brasil, terá menos componentes a partir do ano que vem, segundo estimativas do BofA (Bank of America).

A carteira atual do Ibovespa contém 92 ações, cada uma com um peso específico no índice. Quanto maior o volume de negócios com uma determinada ação, maior a participação dela na carteira.

No momento, a ação ordinária da Vale (VALE3) é a mais relevante do Ibovespa, respondendo por pouco mais de 16% do índice. A menos relevante é a da Positivo (POSI3), com fatia de 0,03%.

A B3 divulga estes parâmetros diariamente, mas a cada quatro meses revisa a carteira do Ibovespa com base em dados mais amplos, que incluem também as ações que estão fora do índice. O objetivo da revisão é determinar quem entra e quem sai da carteira, assim como o peso que cada papel terá na nova composição.

A próxima revisão acontecerá em dezembro, e a nova carteira vigorará de janeiro a abril.

Nas contas do BofA, a ação da Positivo possivelmente deixará de ser uma das integrantes do Ibovespa. Isso porque o volume de negócios com o papel está abaixo do exigido para garantir a permanência dele no índice.

Eztec (EZTC3) e Fleury (FLRY3) também correm este risco, mas devem continuar na carteira.

O BofA acredita que nenhuma ação será incluída no Ibovespa na próxima revisão da carteira, mas estima que os papéis com as maiores chances de ingressar no índice são os da Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3), M. Dias Branco (MDIA3) e Movida (MOVI3).

Critérios da carteira do Ibovespa

Em janeiro, maio e setembro de todos os anos, a B3 adota novas carteiras teóricas do maior índice acionário da Bolsa brasileira, com base nos critérios objetivos traçados. Entre eles, estão:

  • Regularidade de negociação dos ativos (participação em 95% dos pregões durante a vigência da última carteira);
  • Não estar em recuperação judicial;
  • Não ser penny stock (papéis negociados na casa dos centavos);
  • Ter volume financeiro significativo (participação de ao menos 0,1% do volume negociado durante a vigência das três carteiras anteriores, ou 12 meses).

A carteira teórica do Ibovespa também não inclui Brazilian Depositary Receipts (BDRs) de empresas estrangeiras ou mesmo de brasileiras.

O evento é importante, pois as ações de empresas que são incluídas no Ibovespa costumam ser alvo de compra por parte dos fundos, sobretudo os passivos que acompanham o índice, o que aumenta sua negociação perto da data do anúncio do rebalanceamento.

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