Ibovespa sobe com alívio na inflação e expectativa por balanços corporativos

Fonte: Shutterstock/Sittipong Phokawattana

Nesta sexta-feira (24), o índice Ibovespa abriu o pregão em alta de 1,0%, aos 147.183 pontos, impulsionado pela divulgação de indicadores de inflação abaixo das projeções nos Estados Unidos e no Brasil. O dia encerra uma semana de maior otimismo nos mercados, marcada pela retomada parcial de dados americanos, após o prolongado shutdown (paralisação parcial do governo dos EUA por falta de aprovação do orçamento pelo Congresso) do governo, e por uma agenda local carregada de balanços e indicadores econômicos. 

Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 0,3% em setembro, resultado ligeiramente inferior à expectativa de 0,4%. Em 12 meses, o índice acumulou alta de 3,0%, reforçando o cenário de desaceleração da inflação. O principal impulso veio dos preços da gasolina, que avançaram 4,1% no mês, enquanto o grupo de alimentos mostrou aumento moderado, de 0,2%. O dado, publicado de forma excepcional pelo Departamento do Trabalho, trouxe certo alívio aos investidores e reduziu as apostas em novas altas de juros pelo Federal Reserve. 

No Brasil, o IPCA-15 de outubro registrou alta de 0,18%, abaixo da projeção de 0,25% e da variação de 0,48% observada em setembro. O índice acumulou 4,94% em 12 meses, mostrando recuo em relação aos 5,32% do período anterior. O resultado foi influenciado pela queda nas tarifas de energia elétrica e pela estabilidade dos preços de alimentos, reforçando a leitura de que o processo de desinflação segue firme e abre espaço para a continuidade dos cortes na Selic, ainda que em ritmo mais gradual. 

O noticiário corporativo também movimenta a sessão. A Petrobras (PETR4) divulgará após o fechamento do mercado seu relatório de produção e vendas do terceiro trimestre, com foco no desempenho das plataformas do pré-sal e nas exportações de petróleo. Já a Usiminas (USIM5) apresenta seus números operacionais em meio a um ambiente desafiador, com custos elevados e menor demanda global por aço. 

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa nesta manhã de um seminário sobre precatórios promovido pelo Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP). O evento deve detalhar o impacto fiscal das medidas de pagamento e as alternativas de financiamento em discussão no governo. 

No cenário internacional, as atenções também se voltam à confirmação da reunião entre Donald Trump e Xi Jinping, prevista para a próxima semana durante a viagem do presidente americano à Ásia. O encontro reacende expectativas de avanço nas negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, favorecendo o apetite por risco nos mercados globais. 

Com a combinação de dados inflacionários mais brandos e melhora no humor internacional, o Ibovespa tende a consolidar a semana em território positivo, apoiado pela valorização das commodities e pelo otimismo em torno dos próximos resultados corporativos. 

Por volta das 10h35, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por: 

 

Altas 

 

  • Eneva (ENEV3): +3,47%

 

  • Assaí (ASAI3): +3,45%

 

  • CSN (CSNA3): +2,97%

 

 

Baixas 

 

  • Usiminas (USIM5): -0,40%

 

  • Weg (WEGE3): -0,41%

 

  • Vale (VALE3): -0,11%

 

 

Confira a evolução do Ibovespa: 

 

*Até o dia 24/10 às 10h35 

 

  • Segunda-Feira (20): +0,77%

 

  • Terça-Feira (21): -0,29%

 

  • Quarta-Feira (22): +0,55%

 

  • Quinta-Feira (23): +0,59%

 

  • Na semana*: +2,64%

 

  • Em outubro*/2025: +0,65%

 

  • No 4°tri./25*: +0,65%

 

  • Em 2025*: +22,36%


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