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Ibovespa segue exterior e ações ligadas ao consumo e sobe; Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) na dianteira

Perto das 13h35, o Ibovespa subia 0,25% e operava aos 113.181 pontos

Foto: Shutterstock

A Bolsa brasileira segue o avanço de seus pares internacionais e opera em alta nesta quinta-feira (25), ancorada na continuação do movimento de elevação das ações ligadas à economia local. Perto das 13h35, o Ibovespa subia 0,25% e operava aos 113.181 pontos.

Os papéis que subiam com mais intensidade eram de companhias aéreas. O destaque era a Gol (GOLL4), que subia 6,46%, e a Azul (AZUL4), que operava em alta de 6,08%.

Na visão de Kaue Franklin, especialista em renda variável da Aplix Investimentos, esses papéis têm subido recentemente por uma perspectiva positiva dos invesidores no longo prazo, avaliando que a inflação tem se arrefecido e os juros nos Estados Unidos não devem subir mais do que o esperado.

“A Azul é, na minha visão, a melhor empresa do setor. Resiliente, tem caixa e já anunciou que vai repassar os preços se for preciso. Vejo o setor como um todo aquecido”, diz Franklin. “Esses papéis estavam ‘amassados’ por uma falta de expectativa. Agora, vejo uma projeção de bons resultados para essas empresas nos próximos anos”.

Na sequência das altas aparecia IRB Brasil (IRBR3), que subia 5%, após a empresa anunciar que realizará mais uma oferta pública de ações ordinárias.

De acordo com a resseguradora, serão distribuídas, inicialmente, pouco mais de 597 milhões de novas ações, mas esse volume pode triplicar se a companhia julgar oportuno. O valor das novas ações do IRB será definido pelo mercado. Considerando o preço de fechamento de quarta-feira (24), de R$ 2,01 por papel, a oferta resultaria numa injeção de capital de R$ 1,2 bilhão se vendido o volume mínimo de ações.

O IRB destacou ainda que este será o valor limite do aumento de capital. Ou seja: a empresa pode até vender mais ações, mas somente se na somatória o valor arrecadado respeitar o teto de R$ 1,2 bilhão. Na prática, a empresa está se preparando para a possibilidade de as ações serem vendidas a menos de R$ 1,00.

Os papéis ligados ao varejo, que foram os destaques da véspera, davam sequência aos ganhos. Dentre as maiores altas, Alpargatas (ALPA4) ganhava 4,37%, Petz (PETZ3) subia 4,23% e Méliuz (CASH3) avançava 4,21%, amparadas pela divulgação do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Influenciado pelos cortes recentes nos preços da gasolina e diesel pela Petrobras e pela redução do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), o índice caiu 0,73% em agosto, a maior queda desde o início da série histórica, em novembro de 1991.

Baixas da bolsa

Na parte vermelha do índice, destaque para os papéis de Engie (ENGI11 -2,84%), Cemig (CMIG3 -2,26%) e Eletrobras (ELET3 -2,11%)

A Petrobras (PETR3; PETR4), que possui um dos maiores pesos do Ibovespa, caía 1,60% e 1,46%, respectivamente. O movimento de queda pode ser considerado um reajuste, dado a valorização do papel recentemente. Desde julho, por exemplo, o papel preferencial (PETR4) já avançou 42,86%, passando de R$ 22,96 para os atuais R$ 32,80.

Cenário internacional

O mercado continua no aguardo do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, na sexta-feira (26), durante o simpósio de Jackson Hole. A expectativa dos investidores é que Powell dê algumas pistas sobre o futuro dos juros no país.

“O mercado vem caminhando de lado durante a semana pois teremos esse encontro nos EUA amanhã. O discurso do Powell, dependendo de como for, pode trazer fortes altas nas próximas semanas para a nossa Bolsa”, avalia Franklin.

Enquanto isso, no mercado acionário, o movimento é positivo tanto em Wall Street quanto na Europa. Nos EUA, o Dow Jones avançava 0,41%, o S&P 500 subia 0,87% e o Nasdaq valorizava 1%.

No Velho Continente, o mercado repercute a divulgação da ata da última reunião do BC Europeu, que mostrou que os dirigentes estão preocupados com a inflação na região. Já perto do fechamento, os mercados subiam. O Euro Stoxx 50 ganhava 0,50%, enquanto o FTSE 100 valorizava 0,25% e o DAX 30 subia 0,66%.

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