Ibovespa pode fechar 2022 aos 125 mil pontos, estima Inter

Banco vê agronegócio, papel e celulose, siderurgia e shoppings como setores que podem despontar

Foto: Divulgação

Após sofrer com incertezas internas e um ambiente político conturbado, que derrubaram as ações em 2021, o cenário deve continuar desafiador para a bolsa de valores em 2022. Apesar disso, o Banco Inter tem uma visão otimista para o ano, segundo relatório publicado nesta segunda-feira, dia 27.

Entre os fatores que derrubaram a bolsa de valores em 2021, o Inter menciona também a alta da inflação e das taxas de juros e as variantes da Covid-19. No lado positivo, o banco destaca as ações de empresas ligadas a commodities, que se beneficiaram do aumento da demanda global.

“Não há dúvidas de que existem papéis bastante descontados na Bolsa e, em nossa opinião, o próprio índice opera em nível abaixo do esperado”, diz o Inter. Com isso, a expectativa do banco é que o Ibovespa possa chegar a 125 mil pontos no final do ano que vem, o que representa uma alta de 19% em relação ao nível atual.

Para 2022, o banco espera que as commodities sigam em destaque, principalmente os setores de agronegócio, impulsionado pelas expectativas de safra recorde para o ano que vem e pela demanda externa, e de papel e celulose, devido à recuperação nos preços da celulose e à demanda, também aquecida.

Outros setores que podem ter bons resultados em 2021, na visão do Inter, são o de siderurgia, com a recuperação da indústria, e o de shoppings, com a consolidação da retomada pós-pandemia.

Para o cenário econômico, o Inter espera que a inflação desacelere para pouco menos de 5%, depois de fechar 2021 perto de 10%. “Apesar de ainda acima do centro da meta, a desaceleração da inflação deve ser resultante não somente do aperto monetário, mas também de uma atividade mais fraca no próximo ano”, diz o documento.

Em termos de alta de juros, a expectativa do banco é de novas altas em fevereiro e março, mas observa que “o Banco Central deveria ter cautela na calibragem de fim de ciclo (…) O risco é uma dosagem alta demais e termos uma recessão mais prolongada ao longo do próximo ano”.

Para o PIB, o Inter espera um crescimento de 0,5%, impulsionado pela agropecuária e pelos serviços, que ainda não recuperaram os patamares pré-pandemia.

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