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À espera do Copom, investidor vê Santander (SANB11) desabar e WEG (WEGE3) disparar após balanços

Na Bolsa, a ação do banco caía 5,60% e o papel da gigante que atua em bens de capital avançava 7,73%

Foto: Shutterstock

Enquanto o investidor aguarda a decisão de política monetária do Banco Central (BC), que será divulgada na noite desta quarta-feira (26), o Ibovespa opera em queda pelo terceiro pregão consecutivo, repercutindo alguns balanços do terceiro trimestre. Diante disso, por volta de 13h20 o principal índice da B3 caía 0,50% e operava aos 114 mil pontos.

Na ponta negativa, Santander (SANB11) caía 5,60% após um resultado abaixo das expectativas no terceiro trimestre. Do lado positivo, a WEG (WEGE3) avançava 7,73% depois de superar as projeções para o período.

O banco frustrou a expectativa de analistas ao registrar um lucro líquido de R$ 3,1 bilhões no trimestre, uma queda de 23,5% em comparação com o trimestre anterior.

O número ficou bem abaixo das estimativas de todas as casas do mercado consultadas pela Agência TradeMap (Bank of America, BTG Pactual, UBS-BB, XP, Goldman Sachs e Genial Investimentos), que iam de R$ 3,7 bilhões, na mais pessimista, da XP, até R$ 4 bilhões, na mais otimista, do Bank of America.

Na visão dos analistas Renan Manda e Matheus Guimarães, da XP, o resultado mais fraco pode ser atribuído à menor margem financeira do banco. “Isso pressionou o seu resultado e levou a um lucro líquido 15% abaixo da nossa projeção”, afirmam.

A rentabilidade do banco, medida pelo retorno sobre patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês), caiu para 15,6% no terceiro trimestre, de 20,8% no trimestre anterior, também abaixo das projeções.

A carteira de crédito do Santander somava R$ 484,2 bilhões ao final do terceiro trimestre, alta de 3,4% em relação ao segundo trimestre, variação semelhante à verificada no trimestre anterior, quando o aumento foi de 2,9%. Em comparação ao final do terceiro trimestre do ano passado, por exemplo, o avanço é de 7,5%, um pouco acima da inflação do período. Em setembro, o IPCA de 12 meses ficou em 7,17%.

Na teleconferência para apresentar os resultados do trimestre, o CEO do Santander, Mario Leão, afirmou que os números mais fracos do banco são consequência da atuação mais conservadora da instituição no crédito, que tem sido anunciada ao mercado desde o início do ano.

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O resultado abaixo do esperado do Santander mexeu com as ações do setor. No horário acima, o papel do Banco do Brasil (BBAS3) caía 3,04%, o Itaú (ITUB4) perdia 1,94% e o Bradesco (BBDC4) recuava 3,24%.

Ademais, Magazine Luiza (MGLU3) perdia 4,90%, IRB (IRBR3) caía 5,56% e Positivo (POSI3) desvalorizava 4,32%.

WEG lidera altas da Bolsa

Se o balanço do Santander não agradou o mercado, o inverso ocorre com os números da WEG, empresa que atua no setor de bens de capital com soluções em máquinas elétricas, automação e tintas.

Com uma demanda aquecida na indústria local e um bom desempenho dos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia, a companhia viu seu lucro líquido aumentar 42,5% no terceiro trimestre deste ano.

O montante passou de R$ 812 milhões no mesmo trimestre do ano passado para R$ 1,15 bilhão. A companhia atribuiu o avanço a um crescimento consistente das receitas, juntamente a um aumento das margens operacionais.

“A boa demanda da indústria local foi motivada principalmente pelos negócios relacionados a commodities globais, como os segmentos da agroindústria, mineração, papel e celulose e óleo e gás”, comentou a WEG em relatório de balanço divulgado ao mercado na manhã desta quarta-feira (26).

O lucro líquido anotado de julho a setembro surpreendeu a XP, o BTG e o Santander. Em prévias, as casas projetavam, respectivamente, a obtenção de R$ 1,02 bilhão, R$ 975 milhões e R$ 949 milhões de lucro líquido pela companhia.

Na visão do analista da INV, Nicolas Merola, o resultado da WEG veio “excelente e bem acima do esperado”.

Na sequência das maiores altas da Bolsa, mineradoras avançavam após uma sequência de pregões negativos. CSN (CSNA3) subia 2,94%, Vale (VALE3) ganhava 2,18% e Gerdau (GGBR4) apontava em 1% para cima.

Para Merola, a Bolsa brasileira segue um movimento de espera, aguardando o resultado das eleições presidenciais no próximo domingo (30).

Esses três dias de pré-eleição são cruciais para quem está se posicionando ou preparando seu portfólio para o evento. O que dá o tom da bolsa numa forma geral são as eleições, enquanto os balanços mexem apenas com as empresas”, comenta o analista da INV. 

Bolsas internacionais

Os principais índices acionários globais operam em alta nesta quarta-feira, estendendo os ganhos dos pregões recentes.

Nos Estados Unidos, o mercado repercute os balanços de Microsoft e da Alphabet, dona do Google (GOCL34). Após o fechamento dos negócios, os investidores conhecerão os números da Meta, dona do Facebook e do Instagram.

Na Europa, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, afirmou que poderá postergar a data do anúncio do novo plano fiscal, que atualmente está agendado para o dia 31 de outubro.

Veja, abaixo, o comportamento dos mercados. Importante lembrar que na Europa as Bolsas estão próximas do fechamento.

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