Ibovespa avança quase um 1% com alívio no exterior e alta do minério de ferro

O provável fim das restrições na China trouxe a possibilidade de aquecimento do mercado de commodities metálicas, o que tem feito o preço do minério de ferro aumentar e impulsionar as empresas do setor, que acabam liderando as principais altas do Ibovespa nesta quinta-feira (2).

Às 13h35, enquanto a CSN Mineração (CMIN3) ficava perto da ponta positiva do índice com uma valorização de 9,28%, o principal índice da B3 operava em alta de 1,04%, aos 112.552 pontos.

Com isso, o setor de mineração subia em bloco – com Usiminas (USIM5) em alta de 3,55%, CSN (CSNA3) com ganho de 3,11% e Gerdau (GOAU4) que tinha alta de 3%. Pelo peso de ações negociadas na Bolsa, quem ajudava o índice na performance positiva era a Vale (VALE3), que apontava em 1,16% para cima.

A notícia da China mexeu com o preço da commodity. Na bolsa de Dalian, a tonelada do metal teve uma alta de 1,12%, negociada a 905,50 iuanes, o equivalente a US$ 131,95.

Além das commodities, os analistas da Terra Investimentos, Eliz Sapucaia e Régis Chinchila, destacam o setor de consumo após o resultado do PIB (produto interno bruto) brasileiro do primeiro trimestre trazer dados positivos para serviços e consumo das famílias.

No mesmo horário, a Positivo (POSI3), a Petz (PETZ3), a Via (VIIA3) e a Locaweb (LWSA3) se valorizavam 8,27%, 4,25%, 3,24% e 3,37%, respectivamente.

O PIB do primeiro trimestre, divulgado pelo IBGE, avançou 1% na comparação com o trimestre anterior. Para Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, o resultado “confirma uma onda positiva no primeiro trimestre do ano em termos de atividade”, que, segundo ele, já havia sendo visto em outros dados macroeconômicos.

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Cruz acredita que o setor de consumo continuará ajudando a economia brasileira no restante do ano, mas alerta que o cenário de juros, ainda incerto, pode atrapalhar o poder de compra da população.

Quedas do pregão

A maior baixa do Ibovespa ficava por conta de IRB (IRBR3), que caía 2,67% e devolvia parte dos ganhos recentes. Nas últimas duas sessões, a resseguradora teve uma valorização de cerca de 6%.

Na sequência da baixa, apareciam Eneva (ENEV3), que perdia 2,50%, Alpargatas (ALPA4), com queda de 1,61%, Banco Inter (BIDI11), que tinha baixa de 1,50% e Hypera (HYPE3), que apontava em 1,39% para baixo.

A farmacêutica, inclusive, liderou as altas do pregão nesta quarta-feira (1), registrando uma alta de 7,66%. A Hypera anunciou na noite de terça-feira (31) que fechou um acordo de leniência com a CGU (Controladoria-Geral da União) e com a (AGU) Advocacia-Geral da União referente ao pagamento indevido para senadores do MDB para obter vantagens em benefício da empresa

A companhia concordou em pagar R$ 110 milhões à vista e disse que o valor será “integralmente suportado” pelo principal acionista e fundador da companhia, João Alves de Queiroz Filho. Segundo dados da plataforma do TradeMap, ele é dono de 21,4% do negócio e não ocupa cargos na empresa.

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A Petrobras (PETR4), por sua vez, recuava 0,33% nesta quinta. Na avaliação dos analistas da Terra Investimentos, as ações da empresa estão sendo penalizadas por conta das discussões internas sobre mudanças na sua política de preços.

Bolsas externas

La fora, os mercados de ações dos Estados Unidos e Europa operam no positivo nesta quinta. Nas bolsas norte-americanas, os investidores repercutem o resultado do número de vagas de trabalho aberto em maio no país, que permaneceu em torno de 11,4 milhões, próximo ao recorde registrado em abril.

Em Wall Street, o Dow Jones subia 0,28%, o S&P 500 ganhava 0,69% e o índice Nasdaq valorizava 1,35%.

Na Europa, dentre as principais bolsas, o FTSE 100 permanece fechado nesta quinta por conta das comemorações do Jubileu de platina da rainha Elizabeth II. No restante, Euro Stoxx 50, que reúne empresas de toda Zona do Euro, ganhava 0,57% enquanto o DAX, da Alemanha, crescia 1%.