Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Ibovespa acompanha exterior e sobe mais de 1%; Cielo (CIEL3) lidera os ganhos

Às 13h10, o principal índice da B3 subia 1,08%, aos 111.779 pontos

Foto: Shutterstock

Acompanhando o movimento em Wall Street, a Bolsa brasileira sobe nesta quinta-feira (26), amparada principalmente na subida das blue chips, aquelas consideradas de maior peso no Ibovespa.

Às 13h10, o principal índice da B3 subia 1,08%, aos 111.779 pontos, com destaque para as valorizações de Cielo (CIEL3), Magazine Luiza (MGLU3) e Rede D’Or (RDOR3), que subiam 11,30%, 8,89% e 6,56%, respectivamente.

No caso da Cielo, o Itaú BBA divulgou um relatório na quarta-feira (25) se mostrando otimista com o setor de maquininhas. Para o BBA, o Pix pode favorecer as empresas de pagamentos, uma vez que haveria menos dinheiro em circulação. Além disso, os analistas do JP Morgan passaram a recomendar a compra do papel da Cielo, com um preço-alvo de R$ 5.

A Rede D’Or, por sua vez, opera em alta após anunciar na noite de terça-feira (24) a compra 51.116.641 units da Sulamérica (SULA11). Com isso, a rede de hospitais particulares alcançou o equivalente a 12% do capital social da segunda. Em nota, a Rede D’Or informou que não planeja mudar o controle da empresa. As ações da Sulamérica também subiam na Bolsa, apontando 5% para cima.

Em relação às blue chips, que acabam alavancando o índice pelo seu peso em ações negociadas, a Petrobras avança com os papéis preferenciais (PETR4), que subiam 1,31% e os ordinários (PETR3), com alta de 1,11%. No mesmo momento, Itaú (ITUB4) ganhava 1,48% e Bradesco (BBDC4) valorizava 0,38%.

A exceção negativa dentre esses papéis ficava por conta de Vale (VALE3), que tinha uma queda de 0,24%. A ação caía junto com outros pares do setor de mineração, que acompanham o movimento de recuo no preço internacional da commodity. Na bolsa de Dalian, na China, o preço da tonelada do minério de ferro teve uma baixa de 0,77%, negociado a 834,00 iuanes, o equivalente a US$ 123,89.

O cenário macroeconômico também favorece o Ibovespa. Ontem, o Fomc (comitê de política monetária do Fed, o banco central americano) divulgou a ata da última reunião de política monetária, que acabou sinalizando que os dirigentes da instituição veem pelo menos mais duas altas de 0,50 pontos nos juros dos Estados Unidos nas próximas reuniões.

Para Antônio Sanches, analista da Rico Investimentos, o recado veio “dentro do esperado”, o que acaba motivando uma reação positiva dos investidores nos mercados. “As bolsas americanas fecharam em alta após a divulgação da ata, assim como o Ibovespa, que interrompeu o movimento de queda e finalizou o dia no zero a zero”.

Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, analisa que esse movimento fez com que a curva de juros arrefecesse nesta quinta, o que acaba beneficiando alguns setores mais expostos à economia doméstica, como as construtoras.

Veja o movimento das construtoras na sessão:

Fonte: TradeMap
Fonte: TradeMap

Os contratos futuros de juros apontavam quedas intensas. Segundo dados da plataforma do TradeMap, os juros com vencimento em 2023 (DI1M23) perdiam 3 pontos-base na comparação intradia e eram negociados a 13,46 pontos. Enquanto isso, os contratos com vencimento para 2025 (DI1N23) e 2028 (DI1F23) cediam cada um 8 pontos-base.

Maiores baixas do pregão

As maiores desvalorizações desta quarta ficavam com Eletrobras, que via seus papéis preferenciais (ELET6) recuarem 2,59% e os ordinários (ELET3) perderem 2,18%. Além dela, Marfrig (MRFG3) caía 2,47% e Iguatemi (IGTI11) apontava queda de 2,13%.

Já o setor de energia elétrica caía em bloco no pregão. Na avaliação de Cruz, o movimento é de correção por conta de subidas recentes dessas empresas. Ele ressalta que, desde o início do ano, esse é um dos setores que mais cresceu na Bolsa brasileira.

Veja o comportamento das elétricas:

Fonte: TradeMap
Fonte: TradeMap

Bolsas internacionais

Tanto nos EUA quanto na Europa, as bolsas apontavam para cima nesta quinta, refletindo a ata do Fomc. Em Wall Street, o Dow Jones subia 1,50%, o S&P crescia 1,72% e o índice Nasdaq Composto ganhava 2,21%.

Leia mais:

Ata do Fed: dirigentes veem pelo menos mais duas altas de 0,50 ponto

No Velho Continente, já perto do fechamento, o movimento também era positivo. Enquanto o índice Euro Stoxx 50, que reúne empresas de toda Zona do Euro, crescia 0,78%, o FTSE 100 valorizava 0,56% e o DAX ganhava 1,59%.

Compartilhe:

Mais sobre:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.