O Goldman Sachs decidiu diminuir seu preço-alvo para a ação da Hapvida (HAPV3) em 10%, vislumbrando que a companhia terá as margens pressionadas pelos custos nos próximos trimestres.
O novo valor projetado pelo banco ao fim do ano que vem é de R$ 8,50 por ação, ante os R$ 9,50 anteriores. Apesar da queda na projeção, o novo preço ainda confere uma valorização de 63,8% em relação ao preço de fechamento de terça-feira (30).
Em relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (30), o Goldman passou a projetar uma margem Ebitda ajustada para 2023 de 14%, 0,8 ponto percentual menor do que o esperado anteriormente, incorporando os custos gerais apresentados pela Hapvida no terceiro trimestre deste ano.
O banco destacou que os custos gerais e administrativos (SG&A na sigla em inglês) da empresa atingiram 20,4% das receitas de julho a setembro, conforme publicado no balanço da companhia de planos de saúde.
No período, a Hapvida registrou uma despesa líquida de R$ 345,4 milhões. “Esse avanço nos custos foi principalmente por um impacto de reajuste salarial maior”, comentou o Goldman.
Somado a isso, diante das incertezas quanto ao futuro dos custos da empresa, o banco elevou a projeção para essas despesas no quarto trimestre deste ano de 16,6% para 17,2% da receita.
Nesta quarta, por volta das 11h40, as ações da Hapvida avançavam 1,73%, cotadas a R$ 5,28. Nos últimos 12 meses, contudo, o papel acumula queda da ordem de 52%, segundo dados do TradeMap.