Gol (GOLL4) vê receita crescer no 2º trimestre, mas avisa que teve prejuízo no período

A Gol Linhas Aéreas (GOLL4) divulgou dados preliminares apontando prejuízo no segundo trimestre, mesmo diante de um crescimento na receita da companhia. O vilão, assim como nos trimestres anteriores, foi o aumento nos custos com combustíveis.

Em comunicado, a Gol estimou um prejuízo por ação de R$ 1,80 para o trimestre de abril a junho. Usando como referência a quantidade de ações reportada pela empresa ao fim do primeiro trimestre, de 396,2 milhões, isso significaria uma perda de aproximadamente R$ 713 milhões.

Além disso, a Gol divulgou que a receita por passageiro (PRASK) esperada para o segundo trimestre é maior em aproximadamente 50%, comparada ao mesmo período do ano anterior. A companhia atribui essa alta a uma forte recuperação de viagens corporativas nas malhas domésticas e regionais e a retomada de viagens de lazer na malha internacional.

A receita da Smiles, o programa de milhas da empresa, deve ser 48% maior em comparação ao mesmo período de 2019, com um crescimento na base de clientes de 25% ante o segundo trimestre daquele ano. “A receita unitária total (RASK) deverá apresentar crescimento de 40% no mesmo período”, completa a companhia aérea.

Além disso, o CASK da Gol, o custo da empresa sem contar os combustíveis, deve ser 40% menor na comparação com o segundo trimestre do ano passado, devido a um “aumento de produtividade e apreciação da moeda brasileira ante o dólar americano no período”.

Já o custo com combustíveis, que no primeiro trimestre respondeu por um terço das despesas da empresa, deve aumentar 73% na mesma base comparativa por conta do aumento do preço médio do querosene de aviação em 80%.

A Gol também espera uma margem Ebitda de 10% no período. A companhia divulgará seus resultados consolidados do segundo trimestre de 2022 no dia 28 de julho, mesma data que ocorrerá uma teleconferência com a diretoria para apresentar os números.