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Gol (GOLL4): incerteza econômica tem pesado e ações recuam mais de 2%

Por volta de 12h30, a ação ordinária da Gol tinha queda de 2,57%, a R$ 7,58

Foto: Shutterstock/Miguel Lagoa

As ações da Gol (GOLL4) operam em baixa nesta segunda-feira (6), devolvendo parte dos ganhos da última semana, quando encerrou em alta de 2,67%, segundo dados da plataforma TradeMap.

Essa oscilação dos papéis tem nome e sobrenome: os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, que na última anunciaram as decisões de taxa de juros.

O Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, enquanto o Fomc aumentou a taxa de juros para a faixa de 4,50% a 4,75% ao ano, mas diminuiu o ritmo de alta da taxa, dados os sinais de arrefecimento da inflação por lá.

A perspectiva de que o dólar pode perder força deixou os investidores mais animados com as ações de companhias aéreas, como a Gol e a Azul (AZUL4), que encerraram o pregão da última quinta-feira (2) liderando as altas do principal índice da B3, subindo mais de 10%.

Segundo dados BC, na quinta-feira, o dólar ficou abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde junho do ano passado.

A valorização dessas ações refletiu a expectativa de que a desvalorização do dólar ajudará a melhorar o resultado das companhias – seja por aumentar a demanda por viagens internacionais, seja por reduzir os custos das aéreas.

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Isso porque a valorização do real é um fator positivo, dado que mais da metade dos custos dessas empresas são dolarizados, segundo a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).

No dia seguinte, porém, a ação da Gol devolveu parte dos ganhos, encerrando em baixa de 8%. Diante dessa oscilação, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) indagou a companhia sobre o claro motivo que poderia ter levado a isso.

O que diz a Gol

Em comunicado enviado ao mercado na sexta-feira (3), após o fechamento do mercado, a empresa explicou que uma razão para essa volatilidade tem correlação com o câmbio e possivelmente notícias de que “os acionistas controladores estão em negociações objetivando a celebração de determinados compromissos de financiamento em benefício da companhia”.

Embora tenha feito tal afirmação, a Gol afirmou que, na presente data, não há qualquer instrumento que vincule a empresa ou qualquer terceiro a tais compromissos de financiamento.

Vale ressaltar que a ação da Gol está com preço historicamente baixo, graças ao baque sofrido durante a pandemia de Covid-19. As restrições trazidas pela doença prejudicaram o funcionamento de ambas as empresas, assim como os seus resultados nos últimos anos.

Como consequência, o próprio mercado tem tido dificuldade para avaliar os papéis da companhia aérea. Dados do TradeMap compilados pela Refinitiv mostram que o mercado ainda não está claramente otimista com a Gol, sendo que, das 12 recomendações, há quatro para cada lado – venda, neutralidade e compra.

Por volta de 12h30, a ação ordinária da Gol tinha queda de 2,57%, a R$ 7,58.

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