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Gol (GOLL4): holding aumenta volume de dívida possível de rolagem

Abra Group realizou um aditivo ao acordo que alonga o volume a pagar pela companhia

Jader Lazarini, analista CNPI

Jader Lazarini, analista CNPI

Foto: Shutterstock/Miguel Lagoa

A Gol (GOLL4) informou ao mercado na última sexta (17) que a Abra Group, nova holding criada para controlar as operações da Gol e da Avianca, realizou um aditivo ao acordo (support agreement) que alonga a dívida da companhia aérea e transformará a holding na maior credora da Gol.

Em fato relevante arquivado na CVM, a companhia disse que o valor agregado total dos títulos de dívida conversíveis em ações (GOL ESSNs) com vencimentos para os próximos anos passou de US$ 1 bilhão para US$ 1,1 bilhão.

Somado a isso, a participação das GOL SSNs (aquelas dívidas que precisam ser pagas antes da maioria) com vencimento em 2026 ao grupo é agora limitada a US$ 356 milhões, representando um aumento de US$ 30 milhões ao limite anteriormente acordado de US$ 326 milhões.

Novos membros ainda foram adicionados ao Grupo Ad-Hoc (destinado a melhorar a estrutura de capital da Gol) e o limite de US$ 200 milhões de valor agregado total de principal de GOL SENs (as dívidas que podem ser trocadas por títulos patrimoniais de uma entidade que não seja o emissor da nota) com vencimento em 2024 e de GOL SUNs com vencimento em 2025 entregues pelos membros do Grupo Ad-Hoc foi modificado.

Com isso, quaisquer bonds entregues por membros do Grupo Ad-Hoc até o nono dia útil após a assinatura do acordo serão aceitos para troca pelo preço original pago ao Grupo Ad Hoc.

A emissão de bonds da Gol será garantida pela propriedade intelectual da marca Smiles, programa de fidelidade da empresa, os quais foram avaliados por um terceiro avaliador em aproximadamente US$ 3,7 bilhões, além da relação a direitos de propriedade intelectual, marca e peças de reposição da empresa, os quais foram avaliados por um terceirizado avaliador em aproximadamente US$ 1,5 bilhão.

Gol otimiza estrutura de capital

Conforme anunciado no início do mês, a reestruturação do capital da companhia fará com que a holding Abra, que controla a Gol, se torne a maior credora da companhia. A rolagem de dívida agora anunciada é o primeiro passo da operação de financiamento.

A mudança vem em boa hora, já que a alavangem financeira da empresa segue alta (em mais de nove vezes seu Ebtida ajustado dos últimos 12 meses) e sua liquidez total, no terceiro trimestre do ano passado, mostrou queda.

Entre o terceiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2022, a dívida líquida da Gol cresceu 39,5%. Vale ressaltar, entretanto, que a maior parte do endividamento da Gol está no longo prazo, o que a torna solvente, ao menos no curto e médio prazos.

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