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Gol (GOLL4): controlador vai alongar dívida da empresa e se tornar maior credor – ação dispara

Ação da empresa liderava altas do Ibovespa nesta manhã após o anúncio

Foto: Shutterstock/Miguel Lagoa

A Abra Group, controladora da Gol (GOLL4), firmou um compromisso que resultará no alongamento da dívida da companhia aérea e transformará a holding na maior credora da Gol.

Sob os termos do acordo, credores da Gol aceitaram vender títulos de dívida com vencimento em 2024, 2025 e 2026 para a Abra, que por sua vez entregará estes títulos à Gol em troca de outros títulos de dívida com vencimento em 2028.

Além disso, a Abras vai investir aproximadamente US$ 400 milhões na Gol comprando títulos de dívida, também com vencimento em 2028, que serão emitidos pela companhia aérea. O dinheiro será usado para modernização da frota e para o gerenciamento de obrigações.

Uma parte da dívida da Gol será representada por títulos de dívida conversíveis em ações (GOL ESSNs), que também poderão ser subscritos por acionistas preferenciais da companhia que desejarem exercer direito de preferência.

“Será assegurado aos acionistas detentores de ações preferenciais da Gol o direito de exercer seus respectivos direitos de preferência com relação à emissão dos bônus de subscrição, o que deverá ocorrer antes do potencial conversão das GOL ESSNs com vencimento em 2028”.

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A emissão de bonds da Gol será garantida pela propriedade intelectual da marca Smiles, programa de fidelidade da empresa, os quais foram avaliados por um terceiro avaliador em aproximadamente US$ 3,7 bilhões, além da relação a direitos de propriedade intelectual, marca e peças de reposição da empresa, os quais foram avaliados por um terceirizado avaliador em aproximadamente US$ 1,5 bilhão.

O que achamos

Segundo Sergio Castro, analista CNPI do TradeMap, o acordo anunciado pela Gol alivia a situação financeira da empresa no curto prazo.

“A maior parte das dívidas será para o longo prazo e o maior credor será o controlador, o que pode gerar maior conforto para negociação futura dos prazos e juros”, afirma.

O aporte de capital na Gol, vindo tanto do controlador quanto de outros detentores de títulos de dívida da Gol, também é favorável e indica otimismo em relação ao futuro da companhia, com reflexo na percepção do mercado a respeito da companhia aérea, diz Castro.

Além disso, “com a renovação das frotas, a companhia ganha competitividade, além de economizar com custos, uma vez que aeronaves mais novas gastam menos combustíveis”, afirma.

Por volta de 11h20, a ação da Gol, que entrou em leilão logo após a abertura do Ibovespa, devido ao fato relevante, liderava as altas da Bolsa brasileira, subindo 6,42%, a R$ 8,11.

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