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Genial recomenda investir em ações do agronegócio e destaca SLC Agrícola (SLCE3); veja outras sugestões

Para a casa de análise, setor é visto com bons olhos dado sua importância ao PIB brasileiro

Foto: Unsplash

A Genial Investimentos deu início à cobertura das ações da SLC Agrícola (SLCE3), BrasilAgro (AGRO3) e Boa Safra (SOJA3), recomendando a compra dos papéis com preços-alvo de R$ 60,00, R$ 32,00 e R$ 20,00, respectivamente – ou potencial de valorização de 45,9%, 16,7% e 34,1% na mesma ordem.

“Enxergamos o setor como um todo com bons olhos, dado a sua importância para o país e perspectivas de contínuo crescimento”, afirma Adriano Castro, analista do setor de alimentos.

Na visão da casa de análise, o agronegócio – “considerado o setor mais importante para o Brasil” – é um dos principais propulsores da economia do país. Em 2020, por exemplo, o agro compôs 26,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, atingindo a marca próxima de R$ 2 trilhões. Já para 2021, a expectativa é de que a participação no PIB aumente para cerca de 30%.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Brasil produz alimentos suficientes para alimentar mais de 1,5 bilhão de pessoas ao redor do mundo, o que consolida o país como um dos principais fornecedores globais de alimentos.

Favorita do setor

No relatório, a Genial ressalta as ações da SLC Agrícola como o grande destaque do setor agro, principalmente por conta de um valuation atrativo e de fortes vantagens competitivas no longo prazo.

Outros pontos levantados pela research são o câmbio favorável (já que as commodities são exportadas e precificadas em dólar), situação financeira saudável (com a relação dívida líquida por Ebitda em 1,4 vez) e migração para um modelo de negócio cada vez mais asset-light, o que facilita sua expansão.

“As perspectivas para o agronegócio brasileiro são muito favoráveis em 2022, sendo uma das principais economias do mundo no setor e surfando os preços das commodities, que acreditamos que devem continuar favoráveis durante o ano. Enxergamos o investimento na SLC Agrícola como uma excelente opção para estar exposto a esse cenário”, enfatiza a Genial.

Pontos positivos e oportunidades

  • Eficiência operacional: conta com muita experiência, conhecimento e mecanização do processo de produção. A SLC é early-user (uma das primeiras empresas agrícolas) a adotar as novas tecnologias e práticas do agro (Agro 4.0) que maximizam a eficiência da produção
  • Diversificação geográfica: presença em 7 estados, o que minimiza riscos climáticos
  • Diversificação de portfólio: operações em diferentes produtos (algodão, soja, milho, gado e terras) expõe a SLC a mais de uma commodity, o que minimiza volatilidade de resultados
  • Escala: produção em enormes quantias significa na redução do custo médio de produção, tornando a operação mais rentável. A SLC tem um potencial de 669 mil hectares para a safra 2021 e 2022
  • Expansão: migração para modelo de negócio asset-light (com arrendamentos de terras) e padronizado permite expansão mais facilitada e menos custosa

Desafios e riscos

  • Preços de commoditiespodem ser afetados por inúmeras razões (clima, mudanças de capacidade, estoques, dinâmica de oferta e demanda). Empresas do setor não têm controle sobre a volatilidade dos preços de commodities
  • Risco geopolítico: acordos e desentendimentos entre países podem afetar dinâmica de exportação
  • Desastres naturais: variações climáticas, pragas ou doenças, incêndios e greves podem afetar a produção
  • Sazonalidade: companhia depende de certos períodos para realizar plantações, colheita e vendas, o que pode ter impacto negativo nas receitas

Mercado imobiliário agrícola

Para Castro, o diferencial da BrasilAgro é o foco no mercado imobiliário agrícola, já que a companhia não se considera um player de commodities, mas, sim, de terras, que é um ativo “real” e “tangível”.

“Seguindo a tese positiva para o setor como um todo, as propriedades da empresa devem seguir valorizando, dado que elas são negociadas com base nos preços das commodities e ajustadas pelo potencial de produtividade”, pontua a casa de análise.

Crescimento e rentabilidade

Quanto à Boa Safra, o analista comenta que enxerga uma combinação de “crescimento e rentabilidade”, algo que, na visão dele, é algo difícil de atingir e, portanto, é o ponto mais positivo para a companhia, com um volume vendido de CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 25,6% entre 2014 e 2020, e um ROE (retorno sobre o patrimônio) de 64,5% em 2020.

Com sua recente oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3, em abril de 2021, a Boa Safra tem como objetivo investir em plantas e atender todo o Brasil, se consolidando em uma indústria que ela já é líder (com cerca de 5,7% de market share) e ainda é bastante pulverizada.

“Acreditamos que o plano é plausível dado seu modelo de negócio que é comprovado e asset-light”, diz a Genial Investimentos.

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