Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Fundo BTRA11 ganha batalha judicial envolvendo compra de terras no MT e lidera alta do Ifix

Credor dos ex-proprietários das terras que questionava a venda das propriedades na Justiça apresentou petições reconhecendo a operação

O fundo de investimento imobiliário Terras Agrícolas (BTRA11) ganhou um alívio na batalha judicial envolvendo a compra de terras adquiridas pela carteira em Mato Grosso.

O administrador do FII, o BTG Pactual, informou na terça-feira à noite (16) que o credor dos ex-proprietários das terras Milton Cella e da Roseli Cella, que questionava a venda das propriedades ao fundo na Justiça, apresentou petições reconhecendo a compra dos imóveis pelo BTG.

O fundo imobiliário adquiriu, em agosto do ano passado, a fazenda Vianmacel, da propriedade de Milton Cella, por R$ 81 milhões, em uma operação denominada sale-leaseaback – que aluga o imóvel comprado para o antigo proprietário.

Em 22 de junho, foi informado que os locatários das propriedades entraram com pedido de recuperação judicial e um credor de Cella entrou com ações judiciais questionando a operação de compra e venda das terras entre o fundo e o antigo proprietário.

Isso poderia impedir o fundo de substituir o inquilino ou vender a propriedade, que representa 23% da receita do FII atualmente.

O credor de Cella se comprometeu a não formular novos pedidos de reconhecimento de fraude relativa à aquisição dos imóveis feita pelo fundo.

O reconhecimento da venda legal das propriedades ao FII do BTG elimina o risco de algum credor de Cella querer tomar o bem que foi vendido ao fundo.

O FII BTRA11 liderava os ganhos no Ifix nesta quarta e subia 5,51% cotado a R$91,99, por volta das 11h10 No ano, a carteira acumula queda de 8,06%.

BTG estimou impacto de R$ 0,22 por cota

Após o pedido de recuperação judicial por parte dos locatários das terras alugadas pelo fundo no Mato Grosso, o BTG estimou uma redução temporária na distribuição de dividendos em torno de R$ 0,22 por cota, caso o produtor não honre os pagamentos.

Pelo contrato, o locatário ocuparia o espaço pelo período de dez anos, com pagamento de aluguel mensal de R$ 742 mil, corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Desde maio, o pagamento de dividendos pelo fundo caiu de R$ 0,94 para R$ 0,70 por cota.

Em 4 de julho, o BTG informou que foi listado, no âmbito da recuperação judicial, um débito de R$ 73 milhões referente ao pagamento de aluguel pelos locatários ao fundo.

O banco destacou, no entanto, que a dívida de aluguel não está sujeita a entrar na recuperação judicial e que estaria tomando as medidas cabíveis para reverter essa inclusão.

O BTRA11 foi lançado em junho de 2021 e tem como objetivo realizar investimentos em terras agrícolas. O portfólio tinha, em junho, R$ 348,5 milhões de patrimônio líquido e contava com 17.851 cotistas.

Compartilhe:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.