A prévia operacional da Iguatemi (IGTI11) para os meses de abril e maio, com crescimento em vendas e aluguéis, reforçou o otimismo de analistas de mercado em relação à empresa, que deve seguir à frente de seus pares no curto prazo, uma vez que seu posicionamento no público de alta renda a protege dos desafios macroeconômicos.
As vendas em abril e maio deste ano cresceram 34% e 32%, respectivamente, em relação aos mesmos meses de 2019, período pré-pandemia de Covid-19. Olhando mais de perto, os segmentos de vestuário, calçados e itens de couro foram os que mais cresceram, com vendas 55% maiores do que no mesmo período de 2019, considerando as lojas que já estavam abertas.
Os aluguéis, por sua vez, subiram 55% em abril e 58% em maio deste ano, em comparação com os mesmos meses de 2019, também considerando apenas as lojas que já estavam abertas. Isso porque, segundo o BTG Pactual, a companhia tem cortado os descontos que vinha concedendo em aluguéis, em resposta ao crescimento de vendas.
Apesar do aumento de aluguéis, um dos destaques, de acordo com a equipe de analistas do Goldman Sachs, foram os custos de ocupação, que vêm apresentando recuo depois de ficarem acima da média pré-pandemia no primeiro trimestre deste ano.
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“Um debate chave entre os investidores depois dos resultados do primeiro trimestre foi a sustentabilidade dos altos custos de ocupação, e um retorno para as médias históricas poderia amenizar estas preocupações”, diz o banco.
Depois da prévia, tanto o Goldman quanto o BTG reiteraram sua visão otimista com a empresa. “A empresa ostenta um portfólio premium de shoppings com posicionamento na alta renda que deve ajudá-la a performar bem mesmo em meio a um cenário macro mais difícil”, diz o BTG, em referência aos juros mais altos e ao avanço da inflação, que diminuem a renda disponível da população e reduzem o ímpeto para consumo.
Além de enxergar esse potencial, os analistas indicam que as ações estão baratas. Segundo o Goldman, os papéis estão sendo negociados com um desconto de cerca de 45% em relação à média histórica.
Assim, o Goldman reiterou sua recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 28, o que corresponde a alta de 58% em relação ao valor da ação no fechamento de terça-feira (14), de R$ 17,68. O BTG também manteve sua indicação de compra, com preço-alvo de R$ 27 – potencial de alta de 53%.
Por volta de 13h40 desta terça, as ações operavam em alta de 3,11%, a R$ 18,23.