O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou seus alertas para o mercado de dívida corporativa nesta quarta-feira, 16, segundo a agência Reuters. A medida ocorre devido os investidores buscarem por retorno em ativos de maior risco após os recentes cortes nas taxas básicas de juros dos bancos centrais.
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Além disso, o FMI também divulgou que os principais fatores de risco de queda da economia global são as tensões comerciais e incertezas políticas. Na última sexta-feira, 11, os Estados Unidos e a China fecharam um acordo parcial, o que deu um alívio temporário para o mercado.
Em seu relatório semestral Estabilidade Financeira Global, o FMI alega que a saída do Reino Unido da União Europeia sem um novo acordo pode causar um forte apertos nas condições financeiras.
A autoridade financeira afirmou que as tentativas dos bancos centrais em todo o mundo de reduzir as taxas de juros para combater os riscos econômicos imediatos agravaram a situação de dívida corporativa.
“Com os juros permanecendo mais baixos por mais tempo, as condições financeiras diminuíram, ajudando a enfrentar os riscos negativos e apoiar o crescimento global por enquanto. Mas condições financeiras frouxas incentivaram os investidores a assumir mais riscos”, disse Tobias Adrian, diretor de mercados de capitais do FMI.
Reunião desmarcada
O ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou sua participação na reunião anual do FMI, que acontece esta semana em Washington, EUA. Integrantes do governo brasileiro alegam que o representante da equipe econômica será o secretário de Comércio Exterior, Marcos Troyjo.
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