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Fitch reduz previsão para preços do gás natural, mas ainda espera petróleo a US$ 85 em 2023

Fatores que sustentariam preços mais altos do gás natural perderam força, segundo agência

Foto: Shutterstock/tonton

A demanda reduzida por gás natural na Europa, somada aos estoques amplos do produto e às temperaturas mais altas no início do inverno no Hemisfério Norte, levaram a agência de classificação de risco Fitch a reduzir a previsão para os preços do combustível.

A Fitch agora espera que os preços do gás natural em 2022 sejam de US$ 38 por mcf (mil pés cúbicos, na sigla em inglês), com um repique para US$ 40 por mcf em 2023. Antes, as estimativas eram de US$ 45 por mcf tanto para este ano quanto para o próximo.

Os preços do gás natural são um dos grandes fatores de pressão inflacionária na Europa. Ao longo deste ano, chegaram a aumentar oito vezes em relação aos níveis observados no final do ano passado, por receios de que a Rússia cortaria o fornecimento do combustível para o continente.

Esse receio se concretizou, mas os esforços da Europa para acumular reservas de GNL (gás natural liquefeito) ao longo dos últimos meses diminuíram a preocupação do mercado com a escassez do produto. Com isso, os preços diminuíram em relação ao pico observado em agosto, mas ainda estão três vezes mais altos que em dezembro de 2021.

“Nós ainda achamos que nenhum gás russo chegará à União Europeia em 2023. A Europa dependerá mais dos suprimentos de GNL e enfrentará concorrência dos compradores asiáticos. No entanto, o clima quente, a redução da demanda, principalmente por causa do baixo consumo na indústria, e as vastas reservas fizeram os preços cair em relação ao pico”, disse a Fitch.

A Fitch também atualizou as projeções para os preços do petróleo, mas neste caso manteve as estimativas para o preço da commodity. A previsão para este ano é de US$ 100 por barril no caso do petróleo tipo Brent, que serve como referência para o mercado internacional. Para 2023, a projeção foi mantida em US$ 85 por barril.

A agência considera que a Opep+, grupo que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outras nações aliadas, tentará manter o mercado equilibrado, principalmente diante de um contexto de demanda enfraquecida, reflexo da desaceleração na economia mundial.

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