Os Fiagros (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais) registraram em janeiro um aumento no volume de emissões – foram três ofertas que levantaram R$ 1,1 bilhão, o segundo maior volume desde o lançamento do produto, em 2021.
Desse montante, 90,79% foram direcionados às pessoas físicas, 8,12% foram comprados por outros fundos de investimento e o restante ficou dividido entre investidores institucionais e intermediários ligados às ofertas.
Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o crescimento ocorreu a despeito de os fundos terem registrado, também em janeiro, o primeiro mês de saída líquida de investimentos desde o início da série histórica, em agosto de 2021.
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A maior queda na captação foi entre os Fiagros-FII, que aplicam em imóveis do agronegócio e são voltados aos investidores de varejo, com resgate líquido de R$ 22,3 milhões. Os Fiagros-FIP, que reúnem investimentos em empresas do setor, apresentou alta de R$ 1,8 milhão.
O patrimônio líquido dos Fiagros segue em ascensão e encerrou janeiro com R$ 10,4 bilhões (contra R$ 10,3 bilhões em dezembro do ano passado). Cresceu também o número de contas que investem nesses fundos: após encerrar 2022 com 181 mil, em janeiro houve aumento para 194 mil contas.
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O que são os Fiagros
Os Fiagros são fundos voltados ao investimento em ativos do agronegócio.
Segundo a Anbima, diferentemente do CRA e da LCA, que reúnem tipos específicos de dívida, o Fiagro permite estruturas variadas, com uma composição que pode misturar, por exemplo, recebíveis, títulos de securitização, cotas de fundos e participação em sociedades com atividades rurais.
Desde 2021 os Fiagros operam sob uma regulação experimental (Resolução CVM 39), que enquadra estes fundos nas estruturas de três tipos de fundos já existentes: fundos imobiliários, de investimento em participações e de investimento em direitos creditórios.
Para cada tipo de fundo, os registros de Fiagros devem seguir as respectivas instruções.
A expectativa é que em 2023 os Fiagros ganhem uma regulamentação própria, que aumentará a flexibilidade de investimento destes fundos.