Fala de Powell, transição e taxa de desemprego – veja o que importa hoje

Em meio à expectativa do mercado de que o Federal Reserve irá reduzir o ritmo de alta nos juros para 0,50 ponto percentual em dezembro, os investidores acompanham com atenção a fala do presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, na tarde desta quarta-feira (30).

O discurso, marcado para as 15h30, ajudará a ajustar as expectativas do mercado para a taxa básica e inflação dos Estados Unidos. Um recado mais duro pode frustrar o relativo otimismo das últimas semanas, que foi impulsionado por sinais de preços mais controlados nos EUA.

A fala será feita meia hora antes da divulgação do Livro Bege, que é um compilado de dados sobre a atividade econômica americana que será publicado às 16h.

Hoje, os investidores ainda monitoram a revisão do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA no terceiro trimestre, que será publicada às 10h30, e o relatório de emprego ADP, às 10h15.

Por volta das 8h, os índices futuros americanos operavam em alta: o Dow Jones subia 0,03%, o S&P 500 avançava 0,16% e o Nasdaq ganhava 0,34%. No mesmo horário, o índice europeu Euro Stoxx 50 era negociado em alta de 0,62%.

Haddad x Alckmin?

Os investidores ainda estão de olho nos sinais do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a escolha do seu ministro da Fazenda. Ontem, o Poder 360 publicou que Fernando Haddad pode assumir a pasta do Planejamento, e que Lula estaria considerando novamente colocar o seu vice, Geraldo Alckmin, no comando da equipe econômica.

Reportagem do Estadão também afirma que aliados próximos ao presidente eleito indicam que há chance de Haddad assumir o Planejamento, e que nomes como Alexandre Padilha e Rui Costa voltaram a ser considerados.

Ontem, a perspectiva de desidratação da PEC da Transição no Congresso, ao lado da alta das commodities, animou os mercados brasileiros.

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Desemprego deve voltar a cair

Os investidores estão de olho ainda na taxa de desemprego de outubro, que será informada às 9h pelo IBGE e que deve mostrar queda para 8,5%, segundo analistas consultados pela Reuters.

Ontem, dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontaram a criação de 159,4 mil vagas com carteira assinada em outubro.