O BofA (Bank of America) refez as contas sobre as ações do setor de transportes do Brasil e chegou a conclusões positivas para os acionistas da Rumo (RAIL3) – e nem tão positivas para quem tem papéis da WEG (WEGE3).
Em linhas gerais, o BofA concluiu que o avanço recente das taxas de juros no mercado deixou o investimento em ações menos atraente, principalmente para os investidores estrangeiros.
Essa mudança afetou o preço justo de algumas ações com tese de investimento de prazo mais longo. E um destes papéis é o da WEG.
Sob o novo cenário, a ação passou a ficar mais cara em relação à de companhias do mesmo setor, mas de outros países. Por isso, o BofA rebaixou a recomendação dos papéis de compra para neutro.
O preço-alvo da ação também diminuiu – de R$ 44 para R$ 42 -, e o banco acrescentou que espera desaceleração no crescimento da WEG nos próximos meses.
“A desaceleração no crescimento em 2023 é porque vemos várias divisões da WEG atingindo um platô no curto prazo, seja por causa de demanda mais fraca, seja por causa do uso de capacidade elevado”, disse o banco, em relatório.
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Recomendação para Rumo vira compra
O BofA, por outro lado, elevou a recomendação das ações da Rumo de neutra para compra, e aumentou o preço-alvo do papel de R$ 23 para R$ 24.
Nesse caso, a mudança está mais relacionada à revisão dos resultados previstos para a companhia. O banco ficou mais otimista em relação à receita da companhia depois dos fortes resultados no terceiro trimestre.
As ações das duas companhias seguem direções divergentes no pregão desta segunda-feira (28). Por volta das 13h40, as ações da WEG caíam 3,66%, a R$ 37,67, enquanto as da Rumo subiam 3,38%, a R$ 19,55.