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Espaçolaser (ESPA3): saída da Squadra ocorre em momento desfavorável para small caps, diz CEO; ação cai

Desde o IPO, realizado em fevereiro, a ação da companhia acumula retração de 64%

Após a gestora de recursos Squadra anunciar na noite de quinta-feira, dia 13, que estava deixando de investir na Espaçolaser, o CEO da companhia, Paulo Morais, conversou com a instituição e ouviu deles a seguinte justificativa: trata-se de um reposicionamento estratégico da carteira do fundo. 

A explicação pode parecer vaga, mas Morais faz a sua própria análise. Para ele, a Espaçolaser acaba sendo prejudicada, no mercado de capitais, pela alta dos juros, que afeta duplamente a companhia. 

“Somos uma uma empresa de small caps e do varejo. Então sofremos duas vezes com os juros mais altos”, disse o executivo, em entrevista à Agência TradeMap. 

Em geral, quando os juros sobem, os investidores ficam menos dispostos a tomar riscos. Se vão investir em ações, dão preferência àquelas de maior liquidez na Bolsa, que podem ser negociadas com mais facilidade em caso de necessidade de venda. As small caps, como consequência, perdem demanda. 

Além disso, o avanço dos juros é uma barreira à oferta de crédito e, portanto, ao consumo, o que afeta empresas como a Espaçolaser.

No terceiro trimestre, a receita da empresa caiu 8,5% em relação a igual período do ano anterior, para R$ 104,2 milhões. O resultado líquido, porém, foi revertido de prejuízo para lucro, a R$ 8,5 milhões, segundo dados disponíveis na plataforma do TradeMap.

Nesta sexta, por volta das 14h40, a ação da companhia tinha queda de 2,02%, a R$ 6,31. Desde o IPO, realizado em fevereiro, acumula retração de 64%.

Antes de anunciar que estava zerando a sua posição em Espaçolaser, a Squadra tinha uma fatia de 7,25% da companhia.  

Mas não quer dizer que a empresa esteja “sem moral” no mercado. Na terça-feira, dia 11, uma outra gestora carioca, a Atmos Capital, anunciou que aumentou a sua posição na empresa e agora tem uma fatia de 5,05%. 

Segundo levantamento disponível na plataforma do TradeMap, entre os analistas consultados pela Refinitiv, empresa é unanimidade. Todos os seis recomendam a compra da empresa, com uma mediana de R$ 21 para o preço-alvo e uma estimativa máxima de R$ 24.

espa3

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