Engie (EGIE3) não abrirá mão dos dividendos mesmo crescendo, diz executivo; veja entrevista

No segundo trimestre deste ano, a Engie (EGIE3) elevou seu Ebitda em 23,8% e o lucro líquido em 20,4%, com crescimento de margens. Os volumes de energia vendida também cresceram.

A companhia, que atua nas três frentes do segmento – distribuição, transmissão e, principalmente, geração –, ainda está em alto ciclo de investimentos: o volume previsto para este ano chega a R$ 3,9 bilhões e é voltado para o aumento da operação da Engie. 

No primeiro semestre, foi injetado R$ 1,5 bilhão, o que indica que a companhia deverá acelerar os investimentos nos próximos meses a fim de atingir a projeção. Segundo o gerente de Relações com Investidores da Engie, Rafael Bósio, a Engie representa um caso de crescimento com dividendos. 

O foco da alocação de capital da empresa está em continuar crescendo e entregando valor aos acionistas por meio do crescimento da operação, sobretudo relacionada às fontes de energia renovável — vide a alienação de todos os ativos termelétricos. 

Contudo, na TradeLive desta semana, o executivo da companhia disse que a Engie não irá recuar na distribuição de proventos aos acionistas. A ideia é manter um equilíbrio entre dividendos, investimentos e controle do endividamento.

Nos últimos 12 meses, foram pagos R$ 2,49 por ação, levando o DY (dividend yield) atual a se aproximar dos 6%. O payout (parcela do lucro que é distribuída aos investidores) ficou em 55% no primeiro semestre — menor do que os períodos anteiores, mas ainda dentro do mínimo previsto. 

“Se olharmos nosso histórico nos últimos dez anos, tivemos apenas dois anos ou três anos com payout reduzido. O último, por conta da pandemia. Mas, logo no ano seguinte, distribuímos o payout máximo de 100%”, disse Bósio. “Não havendo necessidade de caixa para investimento, naturalmente o payout irá subir.”

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