O Bank of America aumentou o preço-alvo da Eneva (ENEV3) de R$ 17 para R$ 18, mantendo a recomendação de compra, após a companhia vender 590 MW (megawatts) no leilão de energia de reserva de capacidade, realizado pelo governo em setembro, uma vez que a geradora vai aumentar sua capacidade de energia contratada.
Por volta das 16h, as ações da companhia caíam 0,15%, a R$ 13,55, embora tenham passado boa parte do pregão em alta.
Mesmo com o aumento do preço-alvo, o BofA disse que esperava um desempenho melhor da Eneva no leilão.
“Embora inegavelmente positiva, a participação ficou aquém de nossas expectativas devido à menor capacidade contratada (BofA esperava entre 700 MW e 1 GW), além de um maior capex para os projetos, de R$ 1,2 bilhão”, explicam os analistas Arthur Pereira e Gustavo Faria.
Se, por um lado, a empresa conseguiu acrescentar capacidade instalada no seu portfólio, por outro, devido à crescente incerteza, o banco excluiu de sua análise a aquisição do polo Bahia Terra.
Em maio, a PetroRecôncavo (RECV3) se uniu à Eneva e apresentou à Petrobras (PETR4) uma proposta para a compra do polo Bahia Terra, que faz parte do plano de desinvestimento da petroleira estatal.
Na avaliação do BofA, o polo é uma oportunidade de curto prazo para a Eneva, embora a interrupção das negociações em junho, por uma decisão judicial, traz dúvidas quanto ao seguimento.
“Continuamos a ver a Eneva como uma história de crescimento diferenciada dentro de nossa cobertura, o que suporta nossa classificação de Compra juntamente com uma avaliação atrativa para o portfólio existente”, diz o banco.