Após a não efetivação da combinação de negócios com a Boeing, que passou a gerar dúvidas se a Embraer (EMBR3) conseguiria sobreviver a um mercado tão competitivo, a fabricante brasileira parece estar de volta aos bons tempos, depois de uma longa e dolorosa reorganização dos negócios.
No segundo trimestre deste ano, a Embraer entregou 32 jatos, sendo 11 comerciais e 21 executivos, divididos entre 12 leves e nove médios. A carteira de pedidos firmes remanescentes chega a US$ 17,8 bilhões.
Em comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira (25), a companhia explicou que esse valor é 12% acima do visto no mesmo período do ano passado, registrando o maior nível desde o segundo trimestre de 2018, impulsionado por novas vendas de aeronaves e serviços. No ano, a empresa acumula um total de 46 aeronave entregues.
No período, a Embraer recebeu na família de operadores de E-Jets a Sky High, da República Dominicana, que vai operar dois jatos E190 de primeira geração, além de um pedido firme para conversão de até 10 E-Jets em aeronaves cargueiras com um cliente não-divulgado.
Além disso, a fabricante brasileira fechou um acordo no período com a Nordic Aviation Capital para a conversão dos jatos E190F/E195F. No trimestre, a Embraer Defesa & Segurança entregou o último caça modernizado AF-1 para a Marinha do Brasil.
Ao fim de junho deste ano, a Embraer registrava um total de 2 mil pedidos firmes na aviação comercial, sendo que 1,68 mil já foram entregues. Há 312 pedidos firmes pendentes de entrega na divisão.