A Embraer (EMBR3) aceitou o pedido da (FAB) Força Aérea Brasileira para reduzir de 22 para 19 o número total de aviões KC-390 Millennium que haviam sido encomendados.
Segundo a empresa, após essa diminuição, o governo ficará impedido por lei de diminuir o tamanho do pedido. Em nota, a Embraer disse que as alterações nos contratos preservam o fluxo de caixa da companhia e “não alteram e não comprometem” as expectativas da empresa para este ano.
A redução no número de encomendas ficou abaixo da que a FAB pretendia, segundo informações que circularam no mercado em maio. Naquela época, o governo pretendia cortar para 15 o número total de aeronaves previstas nos contratos envolvendo o KC-390.
Em fevereiro, a Embraer já havia concluído uma renegociação para diminuir de 28 para 22 o número total de aeronaves a serem entregues, e ali não havia previsão contratual de um novo corte nas encomendas.
Na época, a Embraer também disse que sua carteira de pedidos sofreria uma redução de quase US$ 500 milhões por causa do acordo – ou cerca de US$ 83 milhões por aeronave.
Aplicando o mesmo valor ao corte unilateral nas encomendas do KC-390 divulgado nesta sexta-feira (21), haveria uma redução adicional de US$ 249 milhões na carteira de pedidos da companhia.
O desenvolvimento do KC-390 é um projeto conjunto da Embraer com o governo brasileiro. Em 2019, a companhia entregou as duas primeiras aeronaves para a Força Aérea Brasileira. No ano seguinte, foram feitas mais duas entregas à União.
A Embraer também tem contratos para a venda de cinco KC-390 para Portugal e de dois aviões deste modelo para a Hungria.